Mercedes-Benz Classe B ganha versão F-Cell


A Mercedes-Benz apresentou a versão F-Cell da minivan Classe B. A novidade conta com um motor elétrico movido por uma célula de combustível, que é alimetada por hidrogênio (H2) gasoso. Suas vendas se iniciam no fim do ano na Alemanha com produção limitadíssima, devido à baixa quantidade de pontos de recarga. Posteriormente, chegará a outros mercados europeus, caso eles tenham infra-estrutura suficiente para repor o combustível.

Além da célula de combustível, o motor elétrico que equipa o Classe B F-Cell também tem como fonte de energia as baterias de íons de lítio. A potência gerada é de 90 kW, que é entregue às rodas quando se faz necessária a atuação de força extra. A autonomia total é de 400 km e o veículo pode rodar por 12 km adicionais caso o hidrogênio acabe. A potência do motor é de 100 kW, equivalente a 136 cv, e o torque é de 32,7 kgfm, capaz de levar o modelo a 180 km/h. Não há diferenças na condução do modelo com relação a um similar a gasolina.

Em comparação com o conceito Classe A F-Cell, apresentado em 2002, o B é mais potente, tem maiores autonomia e tanque de hidrogênio e melhor desempenho. O depósito do combustível gasoso, aliás, é formado por dois tambores com capacidade para 3,6 kg. Eles ficam sob o assoalho, entre os bancos traseiros e o porta-malas. O consumo é de 1 kg de H2 para cada 100 km, equivalente a um motor a diesel com médias de 34,5 km/l, de acordo com a Mercedes-Benz.

A célula de combustível, alimentada por hidrogênio, pode funcionar a até 25° C negativos. Ela desenvolve um processo de eletrólise inversa, recebendo hidrogênio e oxigênio e transformando-os em água ao gerar energia. Já as baterias, recicláveis, funciona em temperaturas entre 15 e 35 graus, mantidas nesta faixa por sistemas de refrigeração e aquecimento. Elas são recarregadas durante frenagens e desacelerações.

A estrutura do Classe B F-Cell é idêntica a dos modelos similares a gasolina ou diesel. No entanto, o conjunto de motor elétrico, baterias, tanques de hidrogênio e célula de combustível acrescenta peso na minivan – embora não haja detalhes sobre estedado. Por isso, o modelo teve um controle de estabilidade (ESP) desenvolvido especificamente. Sua transmissão é automática continuamente variável Autotronic e a tração é dianteira.

O interior do modelo também muda pouco com relação a outras versões do Classe B. O quadro de instrumentos recebeu retoques, com conta-giros dividido em duas zonas. A mais baixa mostra se o consumo de hidrogênio é baixo e quando as baterias estão sendo recarregadas. A parte de cima, vermelha, mostra quando o consumo é alto e as baterias estão em uso para dar uma carga extra de potência.

Vantagens e desvantagens da célula de combustível

A maior vantagem de veículos equipados com este sistema é a ausência de emissão de poluentes – ao menos de forma direta. A pior é seu preço elevado. A expectativa da Mercedes, no entanto, é que em cinco anos, com a difusão da tecnologia, seu preço fique na faixa dos modelos a diesel, sempre mais alto que o de versõesa gasolina. 

Outro grande problema é a pequena rede de estações de serviço e carregamento do combustível. A Alemanha tem 15 pontos, ainda que apenas cinco estejam abertas hoje. A Mercedes calcula que sejam necessários 1,7 bilhão de euros para ampliar a rede naquele país, algo que deve acontecer até 2015. É neste ano que a empresa prevê o início da comercialização de modelos a hidrogênio em grande escala. A cidade de Hamburgo deverá ser pioneira no uso de veículos a hidrogênio, afinal 20 unidades do Classe B F-Cell e dez ônibus da Mercedes-Benz com sistem similar serão usados em suas ruas a partir do fim do ano, sendo recarregados em quatro postos de serviço.

O Classe B F-Cell foi desenvolvido com base em um protótipo apresentado há quatro anos, no Salãode Genebra de 2005. Sua célula de combustível deriva do conceito F600 HYGENIUS, apresentado também naquele ano. Porém, o sistema do Classe B é 40% mais compacto e 30% mais potente.

A Mercedes-Benz já investe no desenvolvimento de uma célula de combustível há 15 anos. Seu primeiro veículo com este tipo de propulsão foi o New Electric Car (NECAR), apresentado em 1994 e baseado no MB 100. Hoje, a empresa tem mais de 100 automóveis com esta tecnologia nas mais variadas carrocerias. Todos juntos já percorreram mais de 4 milhões de quilômetros em testes.

GALERIA (Imagens: Km77)

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