A BMW apresentou a versão híbrida definitiva do crossover X6. Batizada de ActiveHybrid, ela surgiu em forma de conceito quando o modelo foi lançado, mas agora ganhou, enfim, a versão de produção em série. O modelo conta com um motor a gasolina e dois a eletricidade que, juntos, entregam 485 cv e 79,6 kgfm de torque.
Para quem acredita que um veículo híbrido nunca poderia ser esportivo, o X6 demonstra que este caminho não é o correto – ou apenas se perde neste caso. A aceleração de 0 a 100 km/h do utilitário é realizada em 5,6 segundos, 0,1 s a mais que o registrado pelo Audi Q7 V12 TDI, de 500 cv. Em contrapartida, o BMW é mais econômico, com médias de 10 km/l contra 8,8 km/l registrados pelo modelo das quatro argolas. A velocidade máxima é de 236 km/h, subindo para 250 km/h com um pacote esportivo.
O motor a gasolina é um V8 sobrealimentado de 408 cv, o mesmo utilizado pelo xDrive50i. Os dois elétricos geram 86 e 91 cv e sua potência não pode ser somada, diretamente, à do propulsor a combustão. Ambos atuam nas quatro rodas, pois o X6 conta com a tração integral xDrive. Ele é o primeiro veículo híbrido com um motor a gasolina sobrealimentado a ser produzido.
O modelo pode atuar somente com eletricidade, apenas com gasolina ou com as duas fontes de energia, o que faz dele um “híbrido completo”. Este sistema foi desenvolvido em conjunto entre BMW, Daimler e GM, cujo bastimo é “two-mode”, devido à diferente atuação em velocidades altas e baixas. Ele é utilizado também no Mercedes-Benz ML, mas é diferente do visto no Série 7 ActievHybrid. A caixa de câmbios é automática, de sete velocidades, e fica entre os dois motores elétricos.
O SUV pode rodar por até 2,5 km a uma velocidade de até 60 km/h sem gastar gasolina, utilizando apenas energia elétrica. Caso se faça necessário, o propulsor a combustão entra em ação. Em desacelerações e frenagens, um dos – ou os dois – motores elétricos atuam como geradores de energia, recuperando a força cinética das rodas e convertendo-a em eletricidade.
O sistema de frenagem SBA (Sensotronic Brake Actuation) não tem conexão hidráulica entre o pedal do freio e o sistema de frenagem. Esta ligação é eletrônica, simulando a resistência de um pedal convencional. Caso este sistema falhe, aí entra em atuação um conjunto comum. A energia gerada em desacelerações se armazena em baterias de níquel, localizadas sobre o eixo traseiro, abaixo do porta-malas. Estas células alimentam sistemas auxiliares do veículo.
A suspensão traseira foi retrabalhada para suportar o peso extra das baterias e os discos de freio estão maiores. O dianteiro mede 385 milímetros de diâmetro, enquanto o traseiro tem 345 mm.
VISUAL E EQUIPAMENTOS
Por fora, o ActiveHybrid se difere dos outros X6 pelos ressaltos no capô e pela identificação da versão na tampa do porta-malas e nas portas dianteiras. Há rodas de liga leve de 19 polegadas (255/50), com opção de modelos de 20″ e desenho exclusivo. Para completar, o modelo conta com uma nova tonalidade de cor, batizada de Bluewater.
No interior, o quadro de instrumentos tem um novo marcador, indicando a quantidade de energia contida nas baterias e o rendimento do sistema de recuperação de energia. Há também itens informando o apoio dos motores elétricos na aceleração e a marcha engrenada no propulsor a combustão quando aqueles movidos a eletricidade estão atuando. A tela do console ainda conta com a esquematização do equipamento híbrido.
Entre os itens de série, o X6 oferece pneus Runflat, que rodam furados por diversos quilômetros a uma certa velocidade, controlador de velocidade, faróis de xenônio e bancos do tipo conforto. O navegador é do modelo “Professional”, o porta-malas tem acionamento de abertura e fechamento automáticos e há um equipamento que estaciona o veículo sozinho. Os opcionais são os mesmos dos outros X6: teto solar panorâmico, projetor de informações no para-brisa, entre outros.
Não foram divulgados preços do modelo para o mercado europeu, muito menos para o brasileiro. Mas acredite: este pode ser o primeiro veículo híbrido a ser vendido no país.
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