Uma nova bomba caiu no mundo da Fórmula 1. De acordo com a revista inglesa AutoSport, a denúncia de que a Renault teria orientado Nelsinho Piquet a bater no GP de Cingapura do ano passado foi feita por ninguém menos que seu pai, o ex-piloto Nelson Piquet. O tricampeão da categoria teria dito diretamente ao presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Max Mosley, o que a equipe francesa tramou – melhor dizendo, seu chefe, Flavio Briatore.
A denúncia foi feita por Piquet no dia 26 de julho, durante o GP da Hungria, último disputado por seu filho na Renault. No dia 30 do mesmo mês, Nelsinho foi à sede da FIA para contar a história ao chefe dos comissários de prova, Alan Donelly. Após o depoimento, os comissários de Cingapura foram ao GP da Bélgica para interrogar a Renault.
A AutoSport continua a reportagem afirmando que as rodas traseira dos carros da Renault perdiam aderência normalmente na curva 18, na saída desta parte da prova. Para isso, o piloto teria de tirar o pé rapidamente, evitando uma batida. Nelsinho não teria o feito, como aconteceu na volta de apresentação, e acabou batendo. Briatore diz ser “uma vítima de extorsão feita pela família Piquet”. A publicação italiana AutoSprint afirma que a FIA vai apurar a telemetria do carro de Nelsinho para detectar se foi isso mesmo que aconteceu.
“Tive uma reunião com Piquet na manhã daquele domingo, mas não falamos sobre isso. Lembro também que em Cigapura ele estava em estado mental fraco. Temos também a gravação de áudio em que eu expresso minha decepção quando vi nas telas a batida do Nelsinho”, afirmou Briatore à AutoSport.
Nelsinho teria dito que bateu apenas para “ser recompensado” com a renovação de contrato. Três corrida após a de Cingapura, no entanto, ele teve seu vínculo assinado novamente, no GP do Brasil. Para a F1, seria tempo demais para uma “recompensa”. Piquet afirma também que Pat Symonds, diretor de engenharia da Renault, teria orientado para que ele batesse três ou quatro voltas antes da parada de Alonso, na reta dos boxes, onde os carros só podem ser removidos por guindaste com a entrada do carro de segurança.
Briatore e Symonds negam veementemente as acusações. O diretor ainda teria revelado que Nelsinho sugeriu a batida. “Durante a reunião de domingo com Piquet o tema de forçar a entrada do Safety Car foi abordado, é verdade, mas proposto pelo próprio Piquet. No entanto, foi apenas uma conversa”, concluiu Symonds à AutoSport.