Citroën C3 Picasso chega por R$ 47.500

A Citroën apresentou oficialmente o C3 Picasso, irmão “sem plásticos” do aventureiro AirCross, outrora especulado como AirDream. O modelo chega para deixar a marca francesa mais competitiva entre as minivans compactas, enfrentando melhor Chevrolet Meriva, Fiat Idea, Honda Fit e Nissan Livina. Para isso, o modelo aposta em três níveis de acabamento, transmissão automática e preços que começam em R$ 47.500.

O design do C3 Picasso não é unanimidade. No entanto, é impossível ficar indiferente. As linhas recortadas, especialmente nos faróis, e o porte avantajado deixam o modelo agressivo e jovem. As lanternas elevadas também o fazem. Em relação ao já conhecido monovolume europeu, temos uma grade nova – e que deve ser adotada por lá, em alguns meses -, conjunto óptico traseiro com nova disposição, inclusive na parte junto ao para-choque, e uma polêmica tampa traseira. Diferentemente da usada no Velho Continente, ela traz o mesmo desenho do AirCross, com um exagerado aplique no espaço da placa, que fica à direta da carroceria. A meta é economizar custos com a mesma peça, mas o gosto é duvidoso.

O interior, de acabamento primoroso, segue o do aventureiro. Perdem-se apenas os inclinômetros e a bússola que estavam no painel e o quadro de instrumento traz marcadores analógicos. O revestimento é escuro, preferência do público local, e há itens como o espelho extra convexo, que ajuda a “espionar” as crianças no banco traseiro. Mesinhas tipo aviação atrás dos bancos também são típicas de minivans. Como modelos mais recentes, há portas USB, tomadas de 12 volts e porta-revistas.

O espaço interno é um dos focos dos monovolumes compactos. Por isso, o entre-eixos de 2,54 metros é considerado bom para uma família, ainda que não chegue ao tamanho dos médios do mercado nacional. A altura (1,63 m) e a largura (1,72 m) também ajudam a acomodar melhor os passageiros. No comprimento, são 4,09 m. O porta-malas leva 403 litros, chegando a 1.500 L com os bancos rebatidos. A capacidade com os assentos em posição normal é menor que a do Livina (449 L), mas maior que de Meriva (339 L), Idea (380) e Fit (384).

Para papais e mamães mais perdidos, um equipamento desenvolvido pela marca está à diposição: navegador por GPS localizado no topo do painel, integrado ao desenho. Ele tem mapas com mais de 1.300 municípios e um milhão de pontos de interesse. Um detalhe interessante é que todos os concessionários Citroën estão incluídos.

MOTOR

Anteriormente, especulava-se um C3 Picasso com bloco de 1,4 litro, 8 válvulas e 80/82 cv (gasolina/etanol) de potência. As ressalvas da imprensa ficavam por conta do desempenho. Já sem oferecer carros 1.0 há algum tempo, a PSA parece preocupada com o rendimento, especialmente para manter a segurança dos ocupantes em situações como ultrapassagens. Assim, o 1.6 16v de 110/113 cv será a única opção (ao menos por enquanto). Ele já equipa o AirCross e oferece transmissão automática de quatro marchas ou caixa manual de cinco velocidades.

VERSÕES

Para enfrentar os rivais do segmento, a C3 Picasso terá três níveis de acabamento. O modelo mais simples é o GL. Ele traz ar-condicionado, direção com assistência, rodas de 16 polegadas com calotas, banco traseiro rebatível, computador de bordo e aviso de cinto do condutor desatado. As portas têm travamento automático com o carro em movimento e comando à distância, e vidros dianteiros e retrovisores têm acionamento elétrico. O porta-luvas tem iluminação e refrigeração. Sai por R$ 47.900.

Um pouco mais equipado, o GLX sai por R$ 50.400. Além dos itens do modelo GL, ele traz rodas de liga leve de 16 polegadas, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, vidros elétricos traseiros, faróis de neblina dianteiros e regulagem de altura do banco do motorista. O rádio com CD traz comandos no volante, tocador de MP3 e entrada para iPod, os vidros ganham funções “um toque” antiesmagamento e os bancos dianteiros recebem mesinhas tipo aviação e porta-revistas, além de ter marcador de temperatura externa. O airbag duplo é opcional.

Por R$ 53.900, o GLX tem outro catálogo (BVA), com itens adicionais. As bolsas infláveis continuam como opção, mas há trnasmissão automático e freios antitravamento (ABS) com distribuição eletrônica (EBD). De quebra, o sistema de freios aciona automaticamente o pisca-alerta em casos de emergência.

O topo-de-linha é o modelo Exclusive. Ele traz os mesmos itens do GLX, adicionado ar-condicionado digital, bancos e volante com revestimento em couro, airbag duplo dianteiro, sensores de chuva, obstáculos traseiros e luminosidade e maçanetas e retrovisores cromados. A manopla de câmbio é esportiva e há controlador e limitador velocidade e rádio Pioneer com kit viva-voz por Bluetooth. O interior tem dois apoios de braço centrais e detalhes cromados. Como opção, airbags laterais dianteiros e sistema de navegação por GPS com tela colorida de sete polegadas.

MERCADO

Com a chegada do C3 Picasso por R$ 47.500, a Citroën terá em oferta uma minivan moderna, com visual jovial e preços próximos do Xsara Picasso. Assim, aproxima-se o fim da antecessora da linha C4 Picasso. A Citroën não confirma, mas a tendência é que o modelo mais antigo saia também para abrir espaço nas linhsa de montagem.

Serão oito cores para a carroceria: Blanc Banchise (branco), Gris Aluminium (prata), Rouge (vermelha), Perla Nera (preta), Gris Cendré (champanhe), Grafito (grafite) e a inédita Bleu Bourrasque (azul escuro). Todas oferecidas para dar um ar mais jovial, ainda que falte tons vivos.

Será suficiente para fazer a minivan da Citroën, mais cara que boa parte das rivais – mas com boa relação custo-benefício -, caia no gosto popular?

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