O órgão independente EuroNCAP avaliou o reestilizado Jeep Compass em seus testes de colisão. Seguindo os procedimentos padrão da entidade, mais rigorosos que os da América Latina – que engatinha, felizmente, com as primeiras regras aplicadas no Velho Continente -, o crossover recém-chegado ao Brasil não foi bem. Ele registrou apenas duas estrelas como nota. O rendimento é comparável ao de algumas marcas chinesas e fica bem abaixo da nota máxima, de cinco estrelas, obtida pelo novo Honda Civic, o outro carro avaliado nesta rodada.
Atuando em um dos segmentos mais populares da Europa, o Compass (veja aqui o resultado) teve apontados problemas em vários quesitos, independentemente da quantidade de airbags oferecida. A estrutura do Jeep resistiu aos impactos, mas a deformação do painel ofereceu riscos de lesões às pernas dos passageiros. Em simulações de colisão com poste, o airbag de tórax não protege o suficiente, oferecendo “risco elevado de graves lesões no peito”.
Na simulação de efeito-chicote, em colisões traseiras, com sérios riscos à coluna cervical, os apoios de cabeça ativos do modelo não foram muito efetivos. A falta de desligamento do airbag do passageiro prejudica a instalação de uma cadeira infantil – para bebês – no banco dianteiro. De quebra, a EuroNCAP aponta que a proteção em atropelamentos é bastante escassa, provavelmente fruto de um projeto um pouco mais antigo. Em batidas de impacto lateral de outro veículo, o Compass se saiu bem.
No caso do Civic, a antiga geração já teve bom rendimento. Nesta, foram destaque a proteção em colisão frontal e a segurança contra lesões na coluna cervical. No teste de atropelamento, o resultado foi razoável, enquanto batida frontal contra outro carro e lesões do tórax em impacto contra postes poderiam melhorar.
Abaixo, veja os vídeos dos testes dos dois modelos.
JEEP COMPASS
HONDA CIVIC