Com apresentação marcada para o Salão de Detroit, os novos esportivos da BMW já estão oficializados. O sedã M3 e o cupê M4, derivados das Séries 3 e 4, respectivamente, foram detalhados pela fabricante bávara. A dupla chega para reforçar a presença da empresa em duas áreas, fazendo frente aos Audi RS4/RS5 e Mercedes-Benz C63 AMG.
No aspecto visual, M3 e M4 seguem a cartilha da BMW. O cupê trazia apelo mais esportivo, mas os dois novos modelos têm o mesmo arrojo. O para-choque conta com três grandes tomadas de ar com grelha tipo colmeia e aletas aerodinâmicas, enquanto a grade recebe filetes duplos em preto brilhante contrastando com o cromado que a envolve. Já o capô tem vincos mais marcantes e um ressalto próximo do para-brisa, para melhor abrigar o motor.
Nas laterais, destacam-se não somente as saias e as caixas de roda, mas também as saídas de ar junto aos para-lamas, os retrovisores aerodinâmicos com um “chifre” interno e os aros exclusivos. O teto é feito em fibra de carbono, para reduzir o centro de gravidade. Atrás, a tampa do porta-malas muda sutilmente, enquanto o para-choque ganha quatro saídas de escape, duas em cada lado, e novos difusor e reflexivos.
Para completar, o habitáculo traz diferenças mais sutis. Mudam basicamente os revestimentos, com predominância do preto e da fibra de carbono, além do desenho do volante e do grafismo do quadro de instrumentos. Sedã e cupê são praticamente iguais.
MECÂNICA
O grande chamariz dos novos esportivos está sob o capô. Sai de cena o aclamado 4.0 V8 de 420 cv e 40,8 kgfm de torque, dando lugar ao 3.0 seis-cilindros biturbo de 431 cv e 56,1 kgfm.Já a transmissão é manual, de seis marchas, com opção da caixa de dupla embreagem e sete relações. O conjunto garante médias de 11,4 km/L, emitindo 204 g/km de dióxido de carbono, segundo a BMW.
Mais forte, o novo M3 está 80 kg mais leve que antecessor, pesando 1.497 kg, mesmo tendo ficado maior. A relação peso-potência caiu de 3,94 para 3,47 kg/cv, graças à adoção de maior quantia de alumínio e fibra de carbono em seus componentes. O desempenho chama atenção, com o 0-100 km/h cumprido em 4,1 segundos (antes eram 4,6 s) e retomada 80-120 km/h em 3,5 s (4,9 s no antecessor). A máxima foi mantida nos 250 km/h limitados eletronicamente.
Há outros detalhes mecânicos em destaque, como a lubrificação do motor por cárter feito em magnésio com dupla bomba de óleo, que melhora a distribuição do líquido mesmo com alta incidência da força G. Atrás, o diferencial autoblocante com distribuição eletrônica entrega a energia de acordo com a dosagem do pedal do acelerador. A direção tem assistência elétrica.
ALL THE CARS 