Uma das novidades mais aguardadas para o Salão de Frankfurt, a segunda geração do Tiguan foi oficializada pela Volkswagen. O crossover chega totalmente revisto, com a plataforma modular MQB, para que a marca alemã atue competitivamente em um dos segmentos mais aquecidos da indústria global. Ele ainda terá uma versão alongada para mercados como China e Estados Unidos. O Brasil deve conhecê-lo em outubro do ano que vem, no Salão do Automóvel de São Paulo.
Como tradição aqui no All The Cars, começamos falando do design. O estilo da segunda geração do Tiguan rompe com mescla de curvas e retas do antecessor, apostando em cortes mais abruptos e linhas horizontais. Os faróis “divididos” pelo friso cromado da grade, a grelha com barras “marcadas”, o capô vincado e o para-choque com detalhes em preto brilhante são mais característicos da versão R, mas dão o tom do novo perfil do crossover.
As laterais mantêm certa identidade, principalmente por conta da vigia na coluna C. No entanto, o modelo está com apelo menos manso e mais agressivo, com frisos pronunciados e caixas de roda marcadas. O reforço vem atrás: lanternas em estilo bumerangue e linhas limpas que remetem ao irmão menor Golf. O habitáculo adota um perfil mais tradicional, seguindo a receita dos VW. Assim, saem de cena as saídas de ar quádruplas que marcaram a primeira linhagem, dando lugar a um desenho mais perto também da família Passat.
Em termos mecânicos, o Tiguan entra na gama que faz uso da plataforma modular MQB – o primeiro SUV do Grupo VW, aliás. Com ela, o SUV ficou 6 centímetros mais comprido, medindo agora 4,486 metros. O entre-eios também cresceu: são 7,7 cm extras, chegando a 2,681 m, o que confere maior espaço interno. A marca fala ainda em 1,839 m de largura (3 cm mais), 1,632 m de altura (3,3 cm menos) e porta-malas com 615 litros (145 l extras). A redução de peso pode chegar a 50 kg, a depender da versão.
A gama de motores conta com oito opções, ao menos na Europa. A gasolina, há três 1.4, com 125, 150 e 180 cv. O 2.0 entrega 220 cv. A linha a diesel tem o 1.6 de 115 cv e os 2.0 de 150, 190 e 240 cv. Todos têm turbo e injeção direta e a opção de tração integral só não é válida para os primeiros motores de cada gama, TSI e TDI.
Entre os avanços tecnológicos, o Tiguan incorpora uma série de itens já comuns na Europa e que seu antecessor não oferecia. Entre eles, há monitoramento de tráfego com frenagem automática, serviço de notificação de serviços de emergência quando há acidentes, integração total do sistema multimídia com smartphones, entre outros. Controle de velocidade adaptativo, alertas de objetos em pontos cegos e de mudança de faixa e preparação para colisão iminente também fazem parte do SUV. Isso, claro, dependerá da versão. De início, serão três: Trendline, Comfortline e Highline, com o pacote opcional R que ilustra esta matéria.
Como dito mais acima, o Tiguan terá uma variação alongada. A versão, provisoriamente chamada XL, reduz a lacuna entre ele e o maior, Touareg, principalmente em China e EUA. O lançamento acontece só em 2017.
CONCEITO GTE
Frankfurt também é palco da exibição do conceito GTE, uma variação híbrida do Tiguan. Ele pode ser recarregado em tomadas domésticas (plug-in), rodando por mais de 50 km apenas com eletricidade. A VW afirma que o conjunto oferece um total de 218 cv, com média de consumo de mais de 50 km/l. O propulsor a gasolina é um 1.4 de 156 cv, operado pelo câmbio de dupla embreagem (DSG) e seis marchas. A marca diz ainda que o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos e pode chegar a 130 km/h apenas consumindo eletricidade.
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