Existem proprietários insatisfeitos com o desempenho do M4? Provavelmente. Por isso, a BMW deixou o cupê ainda mais forte com a versão GTS. A montadora bávara abriu mão do conforto, em favor de um comportamento mais dinâmico e melhores números de desempenho, como cumprir a volta de Nordschleife, em Nürburgring, em 7min28s, 11 s abaixo do Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio. Quer saber como a marca alcançou sua meta?
A engenharia da M Motorsport trabalhou duro em três vertentes: melhorar o comportamento do chassis, aumentar a potência e reduzir o peso. A dieta, claro, foi baseada principalmente na fibra de carbono, aplicada nos painéis da carroceria. Também foram adotadas rodas forjadas e retirados os bancos de trás. Com isso, o GTS viu seu peso cair para 1.510 kg, pouco mais que um sedã médio brasileiro.
Em relação ao comportamento do chassis, foram feitas mudanças em várias frentes. A suspensão, por exemplo, ganhou amortecedores reguláveis em três variações, além de ter reprojetados os sinoblocos, as barras estabilizadoras e as rótulas. Os freios contam com discos de carbonocerâmica e as rodas de 20 polegadas recebem pneus Michelin Pilot Sport Cup.
Para completar, era necessário aumentar a força do propulsor. O 3.0 de seis cilindros e dois turbos ganhou injeção de água na admissão, uma tecnologia que ajuda a reduzir a temperatura das câmaras e permite forçá-las a trabalhar para gerar mais energia. O resultado é o aumento da potência de 431 cv para 500 cv e do torque de 56,1 kgfm para 61,2 kgfm. A transmissão é a mesma de dupla embreagem e sete marchas do M4 “original”. Segundo a BMW, o conjunto leva o GTS de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos (0,3 s menos), com máxima de 305 km/h (25 km/h a mais).
Em termos visuais e de acabamento, o M4 GTS oferece itens como as rodas com acabamento em dourado, o grande aerofólio, as lanternas em LED, revestimentos em alcântara, entre outros. Ele terá apenas 700 unidades fabricadas.