Como informamos anteriormente, todos os anos do ALL THE CARS faz previsões de lançamentos para o Brasil. Ao final daquele mesmo ano, além de invocarmos novamente Mãe Dináh e Walter Mercado, passamos uma lupa para saber onde acertamos e erramos. A parte final do nosso relatório trata dos acertos e erros em termos de SUVs e crossovers (leia aqui as previsões originais). Confira abaixo.
Honda CR-V reestilizado – Como outros modelos, o Honda CR-V atrasou no cronograma. Previmos para o primeiro trimestre de 2015, mas ele acabou chegando apenas em julho (leia aqui). A versão de acesso tardou um pouco mais: desembarcou do México duas semanas depois (leia aqui).
Honda HR-V – Sucesso de crítica e público, o HR-V foi lançado no primeiro trimestre (leia aqui), como previmos, e logo se tornou um fenômeno de vendas. Não teve dificuldades para superar por muito os já consolidados Renault Duster e Ford EcoSport, que travavam um duelo equilibrado até então.
Jeep Renegade – Tal qual o HR-V, o Renegade não decepcionou. Oficializado em março (leia aqui), o Jeep também conquistou o consumidor e a imprensa brasileiros. Não por acaso, logo travou um duelo com o Honda pela liderança do segmento, tendo vencido nos últimos meses.
Kia Sorento – O Sorento chegou um pouco mais tarde do que previmos: outubro (leia aqui), em vez do segundo trimestre de 2015. Mas ao menos desembarcou por aqui. Completamente reformulado, o SUV mais moderno da Kia também ficou mais caro, passando a brigar em uma faixa um pouco mais alta do mercado.
Land Rover Discovery Sport – Como adiantado pela Land Rover, o primeiro integrante da nova família Discovery desembarcou por aqui em abril (leia aqui). Futuramente, ele terá uma missão ainda mais importante: quando nacional, abocanhar uma fatia de mercado ainda maior para a inglesa, atualmente quarta colocada entre as premium. A produção dele em Itatiaia (RJ) inicia em meados de 2016.
Lexus NX – Previmos para meados de 2015, mas o NX200t se adiantou. O crossover chegou ao mercado nacional em março (leia aqui). Sem os adversários de Acura e Infiniti, ele busca conquistar o consumidor de Audi Q5, BMW X3 e Mercedes-Benz GLK, embora sofra com a menor rede de lojas.
Mercedes GLE/GLE Coupé – O GLE desembarcou no Brasil no final do ano (leia aqui), como tínhamos previsto. Inicialmente, ele veio apenas com motor a diesel. Além dos propulsores a gasolina e da variação AMG, ficou devendo o irmão mais esportivo, GLE Coupé, que nasceu para enfrentar o BMW X6.
Mini Countryman nacional – A nacionalização do Countryman era esperada já para o primeiro semestre, mas novas oscilações cambiais e quedas nas vendas interferiram nos projetos. De todo modo, ele chegou em outubro (leia aqui), com montagem na fábrica da BMW em Araquari (SC).
Peugeot 2008 – Durante o Salão do Automóvel de São Paulo, a Peugeot garantiu a vinda do 2008 para março. Ele atrasou um pouco e acabou chegando em abril (leia aqui), marcando 2015 como o ano dos utilitários-esportivos compactos no Brasil. Ao contrário dos rivais, porém, o modelo feito em Porto Real (RJ) não conquistou o espaço esperado, mesmo após ser bastante elogiado. Segue em quinto na categoria, atrás dos “veteranos” Duster e EcoSport.
Renault Duster reestilizado – Esperando apenas os estoques acabarem, o renovado Duster chegou no final de março (leia aqui), pouco antes do previsto por nós. Os retoques o deixaram um pouco mais refinado, sendo suficientes para dar ao Renault competitividade frente ao EcoSport e até superar o Ford nas vendas do ano.
Suzuki S-Cross – O sucessor do SX4 chegou ao Brasil em abril (leia aqui), como prevíamos. A missão era árdua: substituir um modelo com ares de mais caro, mas sem parecer também custoso de manter e oferecendo motor menor (1.6 x 2.0 do SX4). Pela faixa de preço, a briga recairia sobre HR-V, Renegade e companhia. Ainda é figurinha um tanto rara nas ruas.
Volvo XC90 – Previmos para meados de 2015, mas a segunda geração do XC90 só acabou por desembarcar no Brasil em setembro (leia aqui). Completamente novo, o SUV é apontado como o carro mais seguro da Volvo atualmente, o que nos permite afirmar tranquilamente que este é um dos veículos mais seguros do mundo. Enfrenta Audi Q7, BMW X5, Mercedes GLE e companhia.
AINDA TEM CHANCE (MESMO QUE POUCA)
Audi Q3 nacional – Ele ganhou reestilização e nova opção de motorização (leia aqui). Mas ainda não é produzido em São José dos Pinhais (PR). A Audi confirmou sua montagem, depois da nacionalização do A3 Sedan. Logo, é questão de tempo para que passe a ser feito na planta paranaense. Previmos para o segundo semestre de 2015, mas o atraso deve levá-lo à primeira metade de 2016.
Audi Q7 – Outro que atrasou a chegada foi o Q7. A segunda geração chegou em dezembro de 2014 à Europa, mas não desembarcou por aqui ao longo de 2015. Acredita-se que os estoques do SUV atual tenham motivado o retardo no lançamento. A marca deve oficializá-lo por aqui em 2016.
Ford Edge – Mais um que atrasou, o Edge enfim está de malas prontas para vir ao Brasil em sua nova geração. A própria Ford já confirmou a vinda. A marca esperou baixarem os estoques da primeira linhagem para então preparar o renovado crossover para cá.
JAC T5 – Mais atrasos. Sem conseguir agilizar a vinda do T5, a JAC fez consecutivos reajustes nas previsões de lançamento do crossover para o Brasil. A última delas indica março de 2016 (leia aqui).
Nissan crossover (Kicks) – Já esperávamos o terceiro brasileiro da Nissan, o crossover Kicks, para meados de 2016. No entanto, especulava-se uma exposição prévia para o final de 2015. A única amostra foi feita em fevereiro (leia aqui), mas o conceito exibiu mais do mesmo. Ele deve ser lançado durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em meados de 2016, evento patrocinado pela marca japonesa.
Suzuki Grand Vitara – Apontamos que o novo Grand Vitara chegaria no segundo semestre de 2015, mas isso não ocorreu. Se acontecer, só será em meados de 2016, ao fim dos estoques da geração atual. A linhagem, aliás, recebeu uma nova versão em julho (leia aqui), para ganhar sobrevida até o lançamento do sucessor.
Citroën C4 Cactus – Para se aproveitar do segmento que mais cresce em nível global também no Brasil, a Citroën poderia oferecer o C4 Cactus. A marca chegou a exibir no Salão de São Paulo sua versão conceitual, que originou o modelo de produção, mas desistiu. E não tem qualquer previsão de vendê-lo por aqui com o dólar nas alturas e as vendas despencando.