Caso Takata: Troca de e-mails revela deboche de funcionários


O caso Takata segue rendendo notícia no exterior. Com milhões de airbags defeituosos, por falhas em insufladores, o escândalo causou um grande dano à imagem da empresa japonesa. No entanto, como diz a velha máxima, “nada é tão ruim que não possa piorar”. Segundo o jornal The New York Times, uma investigação aponta a existência de e-mails, trocados entre funcionários da companhia, em que se discute a manipulação de dados de testes com as bolsas infláveis. Entre as mensagens, há inclusive algumas com teor humorístico sobre o caso. Elas foram reveladas em um processo na Flórida, aberto por uma passageira que ficou paraplégica pela abertura agressiva de um airbag.

Entre os e-mails mais polêmicos estão os enviados pelo engenheiro Bob Schubert. Um deles se intitula “Feliz Manipulação!”, em alusão a datas comemorativas. O teor das mensagens também assusta. O funcionária afirma ter sido “repetidamente exposto à prática japonesa de alterar os dados apresentados aos clientes” e que as modificações feitas nas informações “ultrapassaram os limites e constituem uma fraude”. A Takata, porém, argumenta que o jornal tirou as palavras do contexto. “Sr. Schubert estava se referindo à formatação de uma apresentação, não às mudanças de dados, e os e-mails em questão nada têm a ver com o recall dos airbags”, diz a empresa em nota.

Discussões à parte, esta não é a primeira vez que os funcionários da Takata são acusados de adulterar dados. Uma investigação do Wall Street Journal, publicada em 2015 (leia aqui), revelou que funcionários da divisão americana teriam notado que a matriz japonesa modificaram algumas informações nos relatórios encaminhados à Honda. A fornecedora das bolsas infláveis negou as acusações, mas pouco depois a montadora decidiu não renovar seus contratos com a Takata, como também fizeram Ford, Mazda e Toyota, relacionados às bolsas infláveis. O próprio The New York Times publicou uma reportagem parecida, acusando a empresa de conhecer o defeito há uma década (leia aqui).

O caso dos insufladores com falha segue correndo no exterior. Em todo o mundo, somam mais de 50 milhões de carros, sendo 19 milhões apenas nos Estados Unidos. O Brasil também teve campanhas de reparo por este motivo, em especial vindas de Honda, Nissan e Toyota. Até o momento, nove mortes foram confirmadas pela agência de segurança americana NHTSA devido ao defeito. O governo do Tio Sam multou a empresa em US$ 70 milhões, mas pelo andar das investigações o valor pode chegar a US$ 200 milhões.

Fonte: The New York Times ]

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