O escândalo dos motores a diesel fraudulentos da Volkswagen voltou a ser notícia. Dessa vez, porém, não envolve a marca do carro do povo. Nos Estados Unidos, onde o caso “original” surgiu, a Mercedes-Benz também é acusada de homologar propulsores mais poluentes do que o permitido. Uma demanda coletiva, com clientes de 13 estados, foi apresentada à corte de Nova Jersey, solicitando indenização pela manobra.
Segundo o escritório de advocacia Hagens Berman, responsável pela ação, a Mercedes também enganou os órgãos oficiais com os motores da linha Clean Diesel. Os propulsores emitiriam entre 8 de 30 vezes mais óxido de nitrogênio (NOx) que o permitido pela leis americanas, conseguindo mascarar os números reais. O processo pede indenização para proprietários dos Classes E, M/GLE, GL, GLK/GLC, R, S e Sprinter pelo “engano” na venda e também pelo apelo dos anúncios, que diziam se tratar de veículos equipados com motores “ecológicos”.
Oficialmente, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) afirma não haver investigação formal contra a Mercedes, embora tenham sido solicitadas informações à montadora. A Daimler, dona da marca, afirma que o processo não tem sentido, por não haver “qualquer tipo de fraude” nos propulsores.