Pouco mais de dois anos após sua chegada ao Brasil, com o sedã EC7 (leia aqui), a Geely anunciou a suspensão “temporária” de suas atividades. A empresa informou que a interrupção partiu de um acordo do representante local, Grupo Gandini, com a matriz, na China. A decisão foi tomada pelo fraco desempenho das vendas internas, que culminaram na paralisação da fábrica da parceira Nordex no Uruguai (leia aqui).
Em comunicado, a Geely afirma que a saída temporária se dá por conta de uma possível recuperação nas vendas. Caso a demanda dê sinais de melhora, a chinesa retoma suas atividades em solo tupiniquim. A prática, porém, pode prejudicar de vez a imagem da montadora, com risco à confiabilidade, como ocorreu com Kia e Suzuki, mais recentemente. A empresa apontou a alta do dólar como outro fator determinante para sua retirada.
A Geely desembarcou por aqui em 2014, com o sedã EC7, trazido do Uruguai. Além do produto competitivo, a marca contava com o apoio de José Luiz Gandini, também representante brasileiro da Kia. Posteriormente, chegou a ampliar a gama, com o compacto GC2 (leia aqui), fazendo até previsões de construir uma fábrica (leia aqui). Porém, as vendas foram tímidas: 1.019 unidades ao total, sendo 186 emplacadas em 2014; 651 em 2015 e 182 neste início ano.