A primeira corrida de Fórmula 1 em um 1º de maio desde o dia em que Ayrton Senna nos deixou, em 1994, felizmente não teve graves incidentes. O Grande Prêmio da Rússia, aliás, não reservou surpresas no lugar mais alto do pódio, com a quarta vitória de Nico Rosberg (Mercedes) na temporada, em quatro provas disputadas. Mas trouxe mudanças significativas, como nos casos da Williams e da McLaren, que apresentaram desempenhos consistentes e dão confiança aos fãs para 2016. Quem não tem o que comemorar é Sebastian Vettel (Ferrari), atingido por Daniil Kvyat (Red Bull) novamente, como na China, abandonando ainda na primeira volta. Felipe Nasr (Sauber) também não teve porque sorrir, ao terminar apenas em 16º. Já Felipe Massa (Williams) foi o quinto.
Com sete vitórias consecutivas (somando as três do final de 2015), Rosberg igualou Alberto Ascari e Michael Schumacher, ficando a duas do recorde de Sebastian Vettel (2013). Ele ainda conquistou o chamado “Grand Chelem”, com vitória, melhor volta e liderança em todas as voltas, pela primeira vez na carreira. Para isso, largou na frente e se defendeu dos avanços adversários já no começo, sem ser incomodado depois. Apenas Lewis Hamilton, que largou em 10º por problemas no carro durante a classificação, poderia atrapalhar seus planos, mas a Mercedes pediu para que ele diminuísse o ritmo por ter identificado risco de superaquecimento pela telemetria. Ele foi o segundo colocado, logo à frente de Kimi Raikkonen, que largou em quarto e fez uma corrida segura para completar o pódio.
Há que se destacar alguns desempenhos. As duas Williams, por exemplo, que ficaram com o quarto (Bottas) e o quinto (Massa) lugares com rendimento sólido e constante, penando apenas contra a Mercedes. A McLaren também tem o que celebrar. Além de pontuar com os dois pilotos, viu um Fernando Alonso motivado terminar a prova em sexto, seu melhor resultado desde a volta ao time inglês, mesmo após largar em 14º. Menção honrosa também a Kevin Magnussen, que levou seu Renault da 17ª à sétima colocação, e a Romain Grosjean, outra vez pontuando com a estreante Haas.
Por outro lado, destaque negativo para Kvyat. Além de bater duas vezes em Vettel, ele fez com que o alemão da Ferrari tocasse no carro de seu companheiro, Daniel Ricciardo, prejudicando o australiano. Os dois ficaram fora da zona de pontuação. Também foi ruim o desempenho de Nasr. Após trocar o chassi, como havia pedido, o brasileiro largou em 19º, foi no máximo a 12º, mas acabou em um tímido 16º lugar, antepenúltimo entre os 18 que terminaram a corrida.
A próxima prova acontece na Espanha, no dia 15 de maio.
GP DA RÚSSIA (53 voltas)
1. Nico Rosberg (ALE) – Mercedes – 1h32min41s997
2. Lewis Hamilton (ING) – Mercedes – a 25s022
3. Kimi Raikkonen (FIN) – Ferrari – a 31s998
4. Valtteri Bottas (FIN) – Williams-Mercedes – a 50s217
5. Felipe Massa (BRA) – Williams-Mercedes – a 1min14s427
6. Fernando Alonso (ESP) – McLaren-Honda – a 1 volta
7. Kevin Magnussen (DIN) – Renault – a 1 volta
8. Romain Grosjean (FRA) – Haas-Ferrari – a 1 volta
9. Sergio Perez (MEX) – Force India-Mercedes – a 1 volta
10. Jenson Button (ING) – McLaren-Honda – a 1 volta
11. Daniel Ricciardo (AUS) – Red Bull-TAG Heuer– a 1 volta
12. Carlos Sainz Jr (ESP) – Toro Rosso-Ferrari – a 1 volta
13. Jolyon Palmer (ING) – Renault – a 1 volta
14. Marcus Ericsson (SUE) – Sauber-Ferrari – a 1 volta
15. Daniil Kvyat (RUS) – Red Bull-TAG Heuer – a 1 volta
16. Felipe Nasr (BRA) – Sauber-Ferrari – a 1 volta
17. Esteban Gutiérrez (MEX) – Haas-Ferrari – a 1 volta
18. Pascal Wehrlein (ALE) – Manor-Ferrari – a 2 voltas
NÃO COMPLETARAM
Max Verstappen (HOL) – Toro Rosso-Ferrari
Sebastian Vettel (ALE) – Ferrari
Nico Hulkenberg (ALE) – Force India-Mercedes
Rio Haryanto (IDO) – Manor-Ferrari
[ Imagens: F1.com/Getty Images ]
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