Acaba de chegar ao mercado brasileiro a quarta geração do Prius. Outrora especulado para ser produzido por aqui, o híbrido se renova por completo, ficando também mais eficiente, com preços partindo de R$ 119.950, pouco mais que os R$ 117.610 pedidos pelo antecessor. A intenção da Toyota é fazer dele, como no exterior, o símbolo desta tecnologia de propulsão no Brasil.
Visualmente, o Prius mantém a receita que o consagrou e que caracteriza os carros “ecológicos”: linhas marcantes e soluções visuais ousadas – para não dizer polêmicas e talvez exageradas. Estão lá os faróis em “T”, um bico pronunciado acompanhando o capô em formato de cunha, as laterais com linha de cintura ascendente, a tampa traseira com área envidraçada em duas partes e lanternas verticais em “L” invertido. O habitáculo ganhou em apelo tecnológico, com linhas limpas, alavanca de câmbio reduzida e tela central em alta resolução.
O design ousado esconde uma mecânica mais eficiente, com a promessa de aproveitar 40% da energia gerada – motores a gasolina têm eficiência de 20%, contra 30% dos a diesel. O conjunto tem um 1.8 16v em ciclo Atkinson, com 98 cv e 14,2 kgfm de torque, combinado a um propulsor elétrico de 72 cv e 16,6 kgfm. Combinados, eles entregam 123 cv, menos que o antecessor, mas prometem melhor consumo. Isso se deve também à transmissão continuamente variável (CVT) revista, ao menor peso do veículo (até 15 kg) e às baterias com maior capacidade. Eles operam nos modos Normal, Eco e Power. O Prius roda somente com eletricidade em velocidades de até 44 km/h ou quando em marcha à ré.
Segundo o Inmetro, o modelo faz médias de 18,9 km/l na cidade e 17 km/l, em um dos poucos casos em que há desempenho superior em ciclo urbano. A Toyota revela que a autonomia é de pouco mais de 810 km. Em termos de emissões, o Prius IV lança 0,006 g de NOx (óxido de nitrogênio) por quilômetro. O CO fica em 0,038 g/km, enquanto o CO2 foi aferido em 71 g/km.
A plataforma do Prius é a modular TNGA (sigla para Toyota New Global Achitecture), base para os próximos modelos da marca e sua divisão de luxo Lexus. Com ela, o híbrido cresceu 6 centímetros no comprimento (4,54 metros) e 1,5 cm na largura (1,76 m), mas perdeu espaço no porta-malas, caindo de 445 para 412 litros, para abrigar o estepe. O entre-eixos de 2,7 metros foi mantido. As rodas têm 15 polegadas.
A lista de equipamentos do híbrido é recheada. Há freios a disco nas quatro rodas, direção elétrica, ar condicionado digital de duas zonas, bancos dianteiros aquecidos, revestimento dos assentos parcialmente em couro, sensor de presença da chave para travar/destravar as portas e dar a partida e encostos traseiros reclináveis. Entre as modernidades, há a central multimídia com som JBL, funções DVD e TV e navegador (GPS) integrado, câmera de ré, carregador de celular sem fio, projetor de informações no para-brisa (Head Up Display), sete airbags (incluindo para os joelhos do motorista) e retrovisores com rebatimento elétrico.
Como de praxe, a Toyota fixou os preços das revisões do Prius, da primeira à sexta visitas à concessionária. A primeira, de 10 mil km ou 12 meses, sai por R$ 219,88, subindo para R$ 296,40 na segunda (20 mil km ou 24 meses). A terceira (30 mil km/36 meses) custa R$ 406,80, enquanto a quarta (40 mil km/48 meses) vai a R$ 791,70. A quinta (50 mil km/60 meses) fica em R$ 380,85, já a sexta (60 mil km/72 meses) sai por R$ 999,48.
A expectativa da Toyota é vender 600 unidades do Prius até o final do ano.
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