Como havia prometido (leia aqui), a Renault oficializou sua representante no segmento de picapes com capacidade de carga de uma tonelada. Baseada no conceito homônimo exposto no Salão de Paris de 2015 (leia aqui), chega às ruas a Alaskan. Desenvolvida sobre o projeto da Nissan Frontier de última geração (leia aqui), ela teve divulgados também detalhes mecânicos. O Brasil vai recebê-la a partir de 2018, quando sua produção inicia na fábrica de Santa Isabel, província argentina de Córdoba (leia aqui).
O formato da carroceria da Alaskan não nega suas origens. Os formatos de cabine, portas, janelas, rack, retrovisores, maçanetas, estribos, caixas de roda, caçamba e lanternas são iguais aos da Frontier. Atrás, mudam somente a tampa da área de carga, o para-choque e a disposição das luzes. A dianteira, no entanto, tem mais personalidade, seguindo o conceito. A picape da Renault apresenta faróis mais estreitos e complexos (podem ser Full LED), capô mais vincado e a grade típica de suas últimas criações.
Se por fora as mudanças não são revolucionárias da coluna A para trás, o interior muda menos ainda. As linhas gerais do painel são idênticas, com a Alaskan oferecendo sistema de dosagem da passagem de ar nos difusores centrais. A outra alteração está no volante, exclusivo da picape da Renault. Entre os equipamentos, a montadora lista bancos com aquecimento, assentos com ajustes elétricos na dianteira, ar condicionado de duas zonas, sistema multimídia, visão externa em 360 graus, entre outros.
DETALHES MECÂNICOS
Em relação à mecânica, a Renault destaca a oferta de itens como suspensão traseira fivelink (apenas com cabine dupla), a altura em relação ao solo de 23 centímetros e o uso de aço de alta resistência. Para movê-lo, haverá diferentes opções. Exclusivamente, há o 2.3 biturbo a diesel, com variações de 160 e 190 cv, mas a oferta dependerá de cada mercado. A Frontier também emprestará o 2.5 a diesel, também com 160 ou 190 cv. Além disso, um 2.5 a gasolina (160 cv) será disponibilizado. A capacidade de reboque pode chegar a 3,5 toneladas.
Com variedade de motores, também estarão disponíveis diferentes transmissões. Os modelos mais simples terão câmbio manual de seis marchas, com opção de automática de sete velocidades. Já a tração poderá ser traseira ou 4×4, com atuação parcial ou permanente, além do apoio do diferencial blocante com escorregamento limitado. Não faltarão os auxílios de partida em rampa (HSA) e de frenagem em descidas (HDC) e controle de estabilidade (ESP).
MERCADO DE PICAPES
Estreante na categoria, a Renault anuncia a criação da rede Renault Pro+, para atendimento exclusivo aos compradores da Alaskan. Estes pontos serão dedicados a oferecer o melhor serviço de manutenção, com horário especial de atendimento, carros reservas e agilidade nos reparos. Em 41 países, serão ao menos 700 unidades: 65 delas no Brasil, 18 na Argentina, três no Chile e nove na Colômbia. Este último, aliás, será o país responsável pela estreia do modelo. Curiosamente, a marca não revela onde ela será produzida, limitando-se a dizer que três locais serão responsáveis por sua montagem.
Em relação à sua estreia nas picapes com carga de uma tonelada, a montadora destaca sua presença entre modelos menores com a Duster Oroch, ressaltando sua ambição de avançar por diversos segmentos. Sobre a Alaskan, revela o desenvolvimento conjunto de engenheiros em Japão, França e América Latina e a oferta também de versões com cabine simples e chassis-cabine.
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