O prestígio dos carros a diesel vai se esvaindo após o escândalo dos motores fraudulentos da Volkswagen, o Dieselgate, eclodir nos Estados Unidos. Os veículos com estes propulsores entraram na mira de autoridades de vários países após o caso vir a público. Na França, a novidade é o estudo feito por representantes do governo para banir a venda destes carros, em especial da Renault e da própria VW.
O motivo da possível suspensão da comercialização de automóveis das duas companhias é a falta de respostas das montadoras às questões levantadas pelas autoridades da França. A ministra do Meio Ambiente, Ségolène Royal, afirmou que foram solicitados detalhes sobre a fraude da Volkswagen e o software dos motores da Renault. As autoridades locais suspeitam que a marca do losango também adotou propulsores com dispositivo para burlar as leis ambientais, ainda que em momentos bastante específicos.
A França, terceiro maior mercado europeu, se mostra bastante inclinada a defender a causa ambiental. Nesse ano, Paris proibiu a circulação de carros mais antigos em sua região central, a fim de reduzir a poluição atmosférica da região (leia aqui). Em 2014, o então primeiro-ministro Manuel Valls disse que os carros a diesel, comumente mais poluentes que os a gasolina, eram “um erro” e que tal equívoco deveria ser “desfeito progressivamente”, indicando um banimento gradual destes motores.
Vale ressaltar que a Europa é notadamente o mercado que mais consome automóveis a diesel no mundo.