Em franca reestruturação global – e especulada como futura proprietária da Opel (leia aqui) -, a PSA Peugeot Citroën tem conquistado frutos com sua nova política. A companhia francesa anunciou ter obtido lucro na América Latina pelo segundo ano consecutivo (leia aqui), após uma década e meia no vermelho. Sem detalhar cifras, a gigante informou apenas sua rentabilidade duplicou em 2016.
De acordo com o presidente regional da PSA, Carlos Gomes, o bom momento se deve muito à redução dos gastos. “Nossos custos baixaram 60% entre 2012 e 2016, sendo 21% só no ano passado”, revelou. No entanto, ele também credita ao avanço nas vendas de vários países a mudança no cenário. O Brasil segue representando perdas em volume comercial, por conta da crise interna, com um modesto avanço de participação de 2,4% para 2,5%. No entanto, na Argentina a fatia passou de 11,7% para 12,8%, enquanto no Chile subiu de 5,4% para 6,9%.
Os avanços nos vizinhos e o corte de custos fazem parte do plano global chamado Push to Pass, lançado no ano passado pelo CEO global, Carlos Tavares. A meta é crescer com rentabilidade sustentável, ampliando o valor da marca. Na América Latina, a participação da PSA subiu de 3,3% para 3,6% em 2016, com vendas 17,1% maiores que em 2015. O volume total emplacado foi de 183,9 mil unidades.
Apesar do resultado comercial baixo, a PSA reforça que o Brasil avançou em termos de qualidade percebida. “O Brasil foi o país que mais evoluiu em qualidade de serviços e isso gerou melhor reconhecimento de nossas marcas”, avaliou Gomes, minimizando a retração nos licenciamentos. “O mercado brasileiro continuou a cair, mas caímos menos. E se não conseguimos vender mais, vendemos melhor, mantendo a disciplina comercial”, acrescentou.
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