A Volkswagen havia prometido um crossover elétrico para o Salão de Xangai. Com ele, exibiria parte de um futuro modelo ecologicamente correto com produção em série. No entanto, o protótipo ID Crozz não veio sozinho. A irmã tcheca Skoda apresentou também uma leitura futurista e movida a eletricidade, como seu nome sugere. O Vision E foi outra atração do evento asiático, fazendo prévia do que será visto na gama da marca nos próximos anos.
VOLKSWAGEN ID CROZZ
Ainda em formato conceitual, o ID Crozz é muito do que a Volkswagen quer oferecer em breve para apagar a imagem de poluidora do meio ambiente causada pelo escândalo Dieselgate (leia aqui). Seu sistema de propulsão é puramente elétrico, com 306 cv (225 kW). O motor do eixo dianteiro rende 102 cv e 14,3 kgfm, enquanto o das rodas traseiras gera 204 cv e 31,6 kgfm. O conjunto leva o conceito a até 180 km/h e garante autonomia média de 500 km.
Construído sobre a plataforma modular MEB, o protótipo faz uma prévia não somente dos propulsores elétricos definitivos, mas também de avanços que em breve estarão no mercado. Nos prognósticos da Volkswagen, seu sistema autônomo de condução, o ID Pilot, poderá ser disponibilizado em 2025. Ele dirige o veículo mediante sensores, radares e um centro de inteligência e é acionado ao se pressionar por três segundos o logotipo da VW no volante. Este se retrai, tornando-se um instrumento de operação do veículo.
Em termos estéticos e de concepção, o ID Crozz tem muito do futuro da Volks. O crossover de 4,62 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,61 m de altura e 2,77 m de entre-eixos tem linhas modernas, especialmente nos conjuntos ópticos. Eles, aliás, são “interativos”: segundo a marca, os faróis podem indicar a condição do veículo em termos de rodagem, informando a outros motoristas que o carro está em condução autônoma, ou “cumprimentar” seu proprietário durante a aproximação. O ID Crozz ainda tem soluções como o Volkswagen User-ID, que adota os parâmetros preferidos de cada motorista (ou passageiro, não é?!) com um registro pessoal em sua rede.
A Volkswagen afirma que o modelo definitivo será lançado em 2020, sendo todo baseado no conceito. Não se sabe, porém, se seus antecessores ID (leia aqui) e ID Buzz (leia aqui) também ganharão as ruas.
Construído também sobre a plataforma MEB, o conceito Vision E é a leitura da Skoda para o “futuro elétrico”. Ele é o primeiro veículo expermiental da história da marca tcheca a se mover com eletricidade. E se trata somente de uma prévia: a empresa promete pelo menos cinco veículos alimentados por baterias até 2025. Eles terão muito do que se vê no protótipo exibido em Xangai.
O visual do conceito lembra o ID Crozz exposto acima, especialmente nas laterais, com cortes de janelas e portas. No entanto, o Vision E conta com faróis inteiriços, teto mais alongado sem criar um terceiro volume posterior e lanternas recortadas que não se tocam – e lembram o Superb (leia aqui) e o Kodiaq (leia aqui). Por dentro, o Skoda é mais refinado e completo que o Volkswagen, com várias telas à frente do painel e um volante mais elaborado.
A carroceria de 4,69 metros de comprimento, 1,92 m de largura, 1,59 m de altura e 2,85 m de entre-eixos faz ele ser mais comprido, largo e baixo que o ID Crozz. Mas, como dito, eles são de irmãos de plataforma. Além da arquitetura modular MEB, ambos adotam o sistema de propulsão com dois motores elétricos, um para cada eixo, totalizando 306 cv. A autonomia é de 500 km, com máxima de 180 km/h.
O Vision E segue o padrão de nomenclaturas recentes para os conceitos da Skoda que adiantam veículos de produção. Outros Vision foram expostos como protótipos e se tornaram carros de rua: o D de 2011 virou o Rapid (leia aqui e aqui), o C de 2014 originou o Superb (leia aqui e aqui) e o S de 2016 antecipou o Kodiaq (leia aqui e aqui).