Pivô de um recall de mais de 100 milhões de veículos equipados com seus airbags, a Takata teme por sua existência. Com uma bancarrota iminente, devido aos custos de reparo e indenizações, a empresa avalia não mais produzir as bolsas infláveis. Em seu plano de reestruturação, a companhia deve abandonar de vez o setor. A informação é da agência Reuters.
Apesar de representantes da gigante nipônica se recusarem a comentar, crescem os rumores sobre a saída da Takata da produção de airbags. O projeto é discutido por diretores da empresa e também da rival Key Safety Systems (KSS), que negocia a compra da japonesa – ela é controlada pela chinesa Ningbo Joyson (leia aqui). Deste modo, haveria uma mudança nos contratos de fornecimento com as montadoras, trocando as bolsas infláveis por outros componentes. Os vínculos com as fabricantes de automóveis têm duração máxima até 2020. A KSS, então, a substituiria em tais acordos.
Vale lembrar que os airbags da Takata são responsáveis pela convocação de mais de 100 milhões de veículos em todo o mundo. Eles apresentam problemas no insuflador, que pode lançar fragmentos metálicos pelo interior do automóvel. Acredita-se que ao menos 16 motores e mais de 150 lesões tenham sido causadas por tais bolsas.