Os veículos com motor a diesel estão perdendo cada vez mais espaço, principalmente com políticas ambientais e após a mancha na reputação causada pelo escândalo Dieselgate. Agora, até mesmo no Velho Continente, onde sempre tiveram boa imagem, há queda na demanda. De acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (Acea), os modelos a gasolina tomaram a dianteira das vendas da região pela primeira vez desde 2009.
Segundo a entidade, os modelos a gasolina avançaram 10% no primeiro semestre desse ano, chegando a 48,5% de participação, em comparação com a metade inicial de 2016. Em contrapartida, os movidos a diesel retraíram 4% no período, baixando de 50,2% para 46,3% da fatia total. Os menos poluentes, que incluem híbridos, elétricos e movidos a gases (natural ou metano), cresceram 35% no mesmo período, passando a representar 5,2% dos emplacamentos.
Além da imagem desgastada com o Dieselgate, os carros a diesel sofrem também com a impopularidade em metrópoles. Várias capitais europeias já baniram a circulação de veículos com tal propulsão em vias mais congestionadas, a fim de reduzir as emissões de óxido de nitrogênio (NOx). No entanto, a própria Acea frisa que o crescimento de carros a gasolina eleva a presença de dióxido de carbono (CO2) no ar das grandes cidades.
[ Fonte: Reuters ]