O novo regime automotivo brasileiro, Rota 2030, segue “travado”. Previsto para ser detalhado em setembro e a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2018, o sucessor do Inovar-Auto continua em discussão. O entrave atual seria o Ministério da Fazenda, que impôs algumas condições em discordância dos demais pontos. Para agilizar as discussões, presidentes das montadoras aqui instaladas se reuniram com o Presidente da República, Michel Temer, para pressionar as autoridades por uma solução definitiva.
O teor do encontro, realizado na última terça-feira (14), não foi revelado pelos presentes. No entanto, o presidente da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, confirmou a tendência de derrubada do “Super IPI”. “Não discutimos detalhes, mas o que tem esboço é que os 30 pontos [percentuais extras para importados] caem, devendo haver uma alíquota de 10 ou 15 pontos, podendo ser anulada mediante compromissos que as empresas façam”, explicou.
Deste modo, o Rota 2030 seria parecido com o Inovar-Auto nesse sentido. O IPI adicional seria deduzido de acordo com o cumprimento de metas de eficiência estipuladas no regime. O diferencial, porém, é que a cobrança incida também sobre veículos nacionais. Para a Fazenda, desenha-se uma redução de imposto, causando a perda de arrecadação. O argumento contrário é que os 30 pontos percentuais praticamente não tiveram impacto, uma vez que as montadoras buscaram importar modelos até o limite anual de 4.800 exemplares.