Projeto previa fábrica para 100 mil unidades/ano em Camaçari
O anúncio de que a JAC terá uma fábrica em Goiás (leia aqui) não caiu bem na Bahia. Ainda que a chinesa discuta com o governo federal a respeito dos incentivos recebidos para construir uma fábrica na cidade de Camaçari, as autoridades baianas não pretendem negociar com a marca. Segundo o jornal Correio, o governador local, Rui Costa, exigirá que a empresa devolva os benefícios fiscais concedidos pela construção da planta. O valor ficaria na casa dos R$ 100 milhões, metade do que a JAC investirá na unidade goiana.
Ao jornal, Costa não confirmou os valores, mas informou que já acionou a Justiça e também comunicou autoridades da China a respeito da situação. “Já acionamos judicialmente [a JAC], tomando todas as medidas legais para ter ressarcimento. Inclusive estou fazendo uma comunicação ao governo chinês, informando que seu parceiro no Brasil é uma pessoa inidônea”, disse o governador. Ele afirmou também ter comunicado à Embaixada da China no Brasil a respeito do caso.
O projeto da fábrica da JAC em Camaçari previa um aporte de quase R$ 1 bilhão (leia aqui), incluindo a compra do terreno do complexo junto ao governo estadual. Curiosamente, a empresa obteve um empréstimo junto à agência de fomento baiana, Desenbahia, para financiar as obras, dando o próprio imóvel como garantia. O acordo também é questionado por Costa. “Se não constrói a fábrica, eu receberia o dinheiro como? Com um terreno que já era meu?”, perguntou.
Até o momento, a JAC, representada no Brasil pelo Grupo SHC de Sergio Habib, não se manifestou sobre o caso. A respeito da fábrica em Goiás, apenas confirmou o investimento de R$ 200 milhões, viabilizando a produção de dois veículos a partir de 2019. O governo estadual foi quem revelou que a empresa assumirá as instalações onde era feito o Suzuki Jimny, na cidade de Itumbiara (leia aqui).
[ Fonte: Correio ]