Líderes de vendas nos Estados Unidos, as picapes não tiveram lançamentos numerosos no Salão de Detroit. No entanto, das três mais demandadas, duas ganharam gerações completamente novas no evento: Chevrolet Silverado (leia aqui) e agora a Ram Pickup, que estreia na variação 1500. Para (tentar) bater a Ford Série F, na dianteira do mercado norte-americano há 36 anos, o modelo da FCA ganhou carroceria mais bruta, uma enorme tela para a central multimídia e o sistema elétrico de 48 volts, com motor auxiliar, que faz dela uma “semi-híbrida”. Ainda não sabemos se ela virá ao Brasil, mas já estamos na torcida para que isso ocorra.
Começamos a destrinchar a Ram 1500 pelo que mais impacta em um primeiro momento: o visual. Ela mantém o apelo “bruto”, com duas variações de dianteira. A mais requintada possui faróis recortados, invadidos pelos “chifres” da grade cromada – que perde a “cruz” Dodge usada desde 1994 -, e para-choque corpulento. A esportiva Rebel adota conjuntos ópticos maiores, em formato trapezoidal, e grelha escura com molduras pretas, além de um peito de aço mais marcante.
Nas laterais, ela mantém o perfil tradicional com janelas grandes e caixas de roda elípticas, que podem ser envolvidas por molduras pretas. Há 16 opções de desenho para os aros, que têm entre 18 e 22 polegadas. Na traseira, as lanternas verticais, também em trapézio, mantêm a identidade com a picape atual. A tampa da caçamba pode trazer o carneiro que dá nome à marca ou então a inscrição “Ram”, no caso do modelo Rebel.
O interior também varia. O painel verticalizado se faz presente em todos os modelos, mas seu destaque está na tela da central multimídia. Nos modelos Limited e Laramie, o visor tem 12 polegadas e está disposto na vertical, como em alguns Renault europeus (leia aqui). O câmbio possui um seletor redondo de alumínio, situado logo abaixo do botão de partida. A picape oferece cinco portas USB e também uma tomada, para dispositivos como notebooks – aliás, tal funcionalidade é comum no segmento nos EUA.
MECÂNICA TAMBÉM AVANÇA
Em termos estruturais, a Ram também apresenta novidades. O chassi de longarinas é construído por aço de alta resistência em 98% de sua composição, o que ajudou a reduzir o peso final em mais de 100 kg. A picape dispõe ainda de alumínio em peças como tampa da caçamba e capô, também auxiliares na dieta. Sua suspensão é independente, do tipo five-link na traseira, que melhora o comportamento do modelo quando totalmente carregado. Ela é apta a transportar 1.043 kg de “bagagem” e rebocar até 5.783 kg.
Isso é possível também graças aos motores. Por ora, ambos são a gasolina e conhecidos do público americano. O de acesso é o 3.6 V6 Pentastar, com 305 cv e 37,2 kgfm. É nele que a Ram dispõe do sistema eTorque de 48 volts, com motor adicional elétrico para arranque, auxílio em acelerações e recuperação de energia cinética. O mais forte é o 5.7 V8 Hemi de 395 cv e 56,7 kgfm, que dispõe do eTorque como opcional. Ambos têm câmbio automático de oito marchas e podem usar diferentes caixa de transferência.
O lançamento da nova geração da picape Ram no Brasil ainda é incerto. Com baixo volume de vendas, a atual linhagem se manteve apenas com a variação 2500, mesmo após a garantia da marca de comercializar a 1500 após o Salão de São Paulo de 2016.
Ao contrário de quem escreveu a reportagem, estou na torcida para que essa jamanta não venha para cá. Nossos estacionamentos não estão preparados para veículos desse porte, e quem acaba sofrendo são as demais pessoas. Idem para as vagas nas ruas. No que dependesse de mim, teria lei proibindo a venda dessas jamantas aqui no Brasil.
Wilson, realmente é complicada essa questão de estacionamento. No entanto, acreditamos que é sempre bom que o consumidor tenha opções. Além disso, o volume de emplacamentos é tão baixo que o impacto nos parece não ser tão significativo a ponte de haver uma lei proibindo a comercialização destas picapes.
Mas respeitamos sua opinião. Eu particularmente concordo em partes. Creio que é preciso que o Brasil tenha consciência de sua realidade e ofereça espaço para todos, haja vista o tamanho do nosso País.
Grande abraço e obrigado por seu comentário!