No verão de 1988, a BMW apresentava à Europa a variação conversível do M3, dando a liberdade dos fãs de esportivos de curtir o vento cortado pelo carro atravessando o habitáculo. Passadas três décadas, a marca anuncia uma série especial para celebrar o feito. Chamada 30 Jahre (“30 Anos” em alemão), ela nasce com a carroceria do M4, herdeiro natural do modelo e que adotou este batismo por mera questão de padronização de batismos.
Nomenclaturas à parte, o M4 30 Jahre presta uma boa homenagem a seu bisavô – novo para a idade, mas com outras quatro gerações surgidas depois dele. No visual, há os tons azul Macao, usado no conversível original, e o amarelo Dakar, que estreou na segunda geração. O Cabrio sai de fábrica com rodas de 20 polegadas com acabamento cinza e detalhes em preto brilhante, como grade, grelhas laterais e logotipos.
Por dentro, a BMW aplicou couro Merino em todo o habitáculo, com bancos podendo ter tons contrastantes (azul ou cinza) quando a carroceria for azul. O logotipo da série especial aparece nas soleiras e nos apoios de cabeça. Já o painel exibe a plaqueta indicando o número da unidade: serão feitas apenas 300.
Para movê-lo, a BMW escalou o mesmo 3.0 biturbo de seis cilindros que move o M3 com o opcional M Competition Package, capaz de gerar 450 cv. Junto dele, há outros componentes voltado à condução mais esportiva, como o controle de estabilidade com programação específica, a suspensão repaginada e o diferencial ativo da divisão M.
HISTÓRICO DE RESPEITO
A homenagem aos 30 anos do M3 conversível é justa. Há três décadas, ele chegou às ruas com um 2.3 16v de 195 cv e aerodinâmica aprimorada em relação ao sedã de duas portas, no qual se baseava. Entre 1988 e 91, quando foi produzido, o modelo teve apenas 786 exemplares montados, tornando-se bem mais exclusivo que o original – o sedã teve mais de 10 mil carros emplacados, o dobro do previsto. Quando saiu de cena, o conversível dispunha de 215 cv.
Em 1994, sua segunda geração chegou às lojas. Mais refinado, o modelo trazia ainda um seis-cilindros em linha de 286 cv, 91 cv a mais que o conversível original. Dois anos depois, a BMW deu uma injeção de ânimo no modelo, que passou a oferecer 321 cv. Entre as novidades, havia os santantônios com acionamento automático em caso de capotamento.
A terceira linhagem surgiu em 2001. Na ocasião, a BMW optou por manter um motor de seis cilindros, ainda que fosse completamente novo. A potência crescia, ainda que relativamente pouco: eram 343 cv. Mas havia novidades como o diferencial blocante, os freios de maior potencial e os bancos esportivos com cintos integrados.
Em 2008, surgia a quarta geração, que estreava uma importante novidade: o motor V8. Com quatro litros, ele entregava 420 cv. Na época, não se conseguia obter o desempenho máximo do modelo, pois a força era tamanha que o sistema de tração traseira não conseguia entregar toda a energia sem destracionar. Ele recebia ainda a capota retrátil elétrica com acionamento eletro-hidráulico, facilitando seu uso.
A quinta e mais recente geração é na que se baseia o 30 Jahre. Apresentada em 2014, ela agora se chama M4 por questões comerciais. Como dito acima, o modelo usa um 3.0 biturbo de seis cilindros e 450 cv (com o M Competition Package). Junto dele, há a caixa de dupla embreagem e sete marchas, garantindo desempenho ainda melhor.
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