Após renovar por completo os modelos A8 (leia aqui) e A7 (leia aqui), a Audi concentrou seus esforços e recursos para recriar o A6. Neste trabalho, a marca das quatro argolas cumpriu a promessa feita pelo CEO Rupert Stadler (leia aqui): criou uma identidade específica para o sedã, diferenciando-o dos demais. Ele faz a estreia no Salão de Genebra e chega às lojas alemãs em junho, devendo desembarcar por aqui entre o fim do ano e o começo de 2019. Antes disso, deve aparecer no Salão de São Paulo.
Visualmente, o novo A6 está mais próximo do modelo atual (leia aqui) do que do irmão maior A8, o que é uma boa notícia em se tratando desta era de “identidade familiar”. Os faróis são recortados e não tão alongados, a grade está mais larga embora nem tanto quanto a do A8 e os vincos do capô não chegam até as extremidades. As laterais têm os vigias típicos da Audi, com retrovisores encaixados nas portas e vincos totalmente exclusivos do A6. Atrás, as lanternas se mantiveram separadas, mas contam com contorno irregular, conferindo mais agressividade.
Por dentro, porém, foi inevitável: a Audi acabou repetindo por completo o habitáculo de outro produto, o A7. Os difusores de ar altos, acima da tela de central multimídia, e o climatizador com comandos por visor sensível ao toque foram mantidos, bem como as linhas gerais de painel, console, bancos e portas. O diferencial do A6 está nos revestimentos, com apelo mais conservador.
Construído sobre a plataforma MLB-Evo, o A6 aumentou ligeiramente suas medidas. No comprimento, por exemplo, são apenas 0,7 centímetros, com 4,94 metros de ponta a ponta. Agora são 1,89 m de largura (+1,2 cm) e 1,46 m de altura (+0,2 cm). A marca não falou do entre-eixos, mas confirmou o porta-malas com os mesmos 530 litros do antecessor.
Nesta geração, todo A6 é um semi-híbrido (MHEV). Ou seja: possui um motor elétrico para alimentar o sistema adicional de 48 volts – 12 volts na versão menos potente. Ele cumpre algumas funções, como a do removido alternador ou de servir como propulsor de arranque. O sistema pode também manter o veículo em velocidade de cruzeiro, deixando o motor a combustão desligado para reduzir consumo e emissões, em determinadas situações e velocidades (de 55 a160 km/h). Em desacelerações, o equipamento recupera energia cinética.
MOTORES COM NOVA NOMENCLATURA E QUATRO SUSPENSÕES
A Audi confirma quatro motores para o A6, todos eles identificados com seu novo batismo. A única opção a gasolina é o 55 TFSI, que usa um 3.0 V6 de 340 cv. Já a família a diesel é composta pelas três variações restantes: 40 TDI (2.0 de 204 cv), 45 TDI (3.0 V6 de 231 cv) e 50 TDI (3.0 V6 de 286 cv).
A transmissão é sempre automática, mas varia para cada motor. O 55 TFSI e o 40 TDI usam a caixa de dupla embreagem S-Tronic, com sete marchas, e tração integral Quattro Ultra com embreagem multidisco. Já os 45 e 50 TDI têm câmbio com conversor de torque Tiptronic e oito relações e tração Quattro com diferencial autoblocante.
Há também novidades em relação às suspensões disponibilizadas. A marca informa haver nada menos que quatro configurações: “normal”, “esportiva” (rebaixada e mais rígida), com amortecedores de rigidez variável e com molas pneumáticas e os amortecedores variáveis. O eixo traseiro ainda pode contar com rodas esterçantes, que giram em até cinco graus contrários às dianteiras para melhorar as manobras e no sentido das frontais em velocidades acima de 60 km/h, para melhorar a estabilidade.
A condução semi-autônoma é garantida pela eletrônica embarcada. Como visto nos irmãos A7 e A8, o A6 dispõe de cinco câmeras, outros cinco sensores de radar, 12 sensores ultrassônicos e um scanner a laser para mapear os arredores do veículo. O conjunto permite a operação de auxílios, como o que estaciona o carro sozinho ou o que mantém o sedã na trajetória prevista em velocidades de cruzeiro.
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