Após flagras (leia aqui e aqui) e fotos propositadamente “vazadas” (leia aqui), a Volkswagen enfim oficializou a chegada da terceira geração do Touareg. Totalmente revisto, o irmão de Audi Q7 e Porsche Cayenne ganha em esportividade no design e refinamento no acabamento e na oferta de equipamentos. A marca afirma que ele será peça-chave para sua atuação na Europa, na China e na Rússia, confirmando que ele não chegará aos Estados Unidos (por ser muito caro). As chances de ser vendido por aqui, ao se confirmar o lançamento do Atlas/Teramont, são remotas (leia aqui).
Estratégias mercadológicas à parte, a terceira geração do Touareg é, como se esperava, a melhor da história do SUV. A começar pela dianteira, com os grandes faróis integrados aos frisos cromados da grade, tendência surgida na marca em 2012 com a Amarok. Em uma olhada rápida, eles aparentam estar escondidos atrás da grelha, combinando com as barras horizontais que escondem as tomadas de ar do para-choque.
Nas laterais, o modelo tem linhas limpas, com vincos sutis. Há apenas um mais marcante, que cria um “ombro” em direção à traseira. Na porção posterior aparecem as lanternas mais estreitas que as atuais. Elas evocam o apelo esportivo do Touareg, acompanhadas do aerofólio – já comum nas criações atuais – e das saídas de escape trapezoidais.
O habitáculo está longe de ser revolucionário. Mais uma vez, a Volkswagen recorre a uma escola mais conservadora para desenhar o interior do Touareg. As maiores ousadias são os cinco difusores de ar – dois à frente do carona, “ocultos” pelos frisos contínuos vazados – e a enorme tela da central multimídia, com nada menos que 15 polegadas. O efeito visual junto do quadro de instrumentos com visor de 12″ causa impacto. Outros destaques são o câmbio diminuto, a imitação de madeira e o volante, usado exaustivamente pela Volkswagen e que recebe somente novos revestimentos.
REFORMULAÇÃO MECÂNICA E NOVOS ITENS
Construído sobre a plataforma MLB, o Touareg recebeu materiais leves. Sua estrutura é composta em 48% por alumínio e o restante por aço de alta resistência, que ajudaram a reduzir o peso em até 106 kg em relação ao antecessor. O SUV cresceu 7,7 centímetros no comprimento, chegando a 4,88 metros, e 4,4 cm na largura(1,98 m), mas manteve o entre-eixos em 2,89 m (aliás, ganhou 0,1 cm) e ficou 0,7 cm mais baixo (1,70 m). Já o porta-malas passou de 697 para 810 litros.
A gama de motores é vasta. Já no lançamento, os chineses poderão contar com uma opção híbrida de 367 cv, provavelmente dotada do 3.0 V6 a gasolina. Na Europa, as primeiras opções serão dois V6 a diesel, com 231 e 286 cv. Em um segundo momento, o Touareg contará com um V6 a gasolina de 340 cv e um V8 a diesel de 421 cv. Para todos, a tração é integral 4Motion com câmbio automático de oito marchas.
Ainda na mecânica, o Touareg passa a oferecer itens inéditos na sua gama. A começar pelo sistema de esterçamento das rodas traseiras, que a Renault tem popularizado na Europa. As outras novidades estão relacionadas à suspensão. Além de poderem ser pneumáticas – com controle de altura da carroceria por botões até no porta-malas, para facilitar a colocação de bagagens -, elas têm a possibilidade de utilizar barras estabilizadoras ativas. Estas são acionadas por motores elétricos, que aumentam ou diminuem a força necessária para que o componente se torça, a depender da necessidade de cada momento. Para poder utilizar tais sistemas, a Volkswagen equipa o modelo com bateria de 48 volts.
Para além da mecânica, o Touareg traz novidades como o sistema de iluminação matricial, com 128 diodos (LED) em cada farol, para melhorar a visibilidade sem comprometer outros condutores. Batizado IQ Light, ele alterna também o modo de operação de acordo com o perímetro e a velocidade, baseando-se em informações do navegador e do computador de bordo para atuar.
Em resumo, é uma pena que dificilmente possamos ver o novo Touareg por aqui.