Sandero vendido pela Dacia na Europa
Para muitos fãs, um dos pontos críticos da Renault do Brasil, por exemplo, é ter sua linha composta quase toda por produtos desenvolvidos pela Dacia, seu braço de baixo custo sediado na Romênia. Mas isso vai mudar a partir dos próximos anos. Segundo o jornal francês Le Figado, fontes internas revelaram que a companhia terá produtos específicos para cada marca, mesmo com atuação em países emergentes. Assim, o visual de cada empresa não será “poluído” pelas linhas gerais de outra.
A mudança de estratégia significa que o Brasil não terá mais os romenos Logan e Sandero. Os batismos poderão ser mantidos e até mesmo a mecânica deverá ser compartilhada, a fim de economizar recursos de desenvolvimento e manufatura, mas as linhas gerais serão diferentes. A receita será parecida com a do Captur nacional, que toma o design do homônimo europeu sobre a plataforma do Duster, mais simples e já com custos amortizados.
Falando no Duster, aliás, ele será o último modelo a ter o compartilhamento de visual. Prevista para chegar ao Brasil em 2019, a segunda geração do SUV troca apenas logotipos, grade, capô, interior dos faróis e para-choque dianteiro em suas leituras Dacia e Renault. Abaixo, as pequenas diferenças ficam mais evidentes: a carroceria tem os mesmos estilo e proporções.
Segundo o jornal, a estratégia servirá para a Renault mudar sua imagem. A intenção é torná-la uma espécie de marca “semi premium”, como fez a Volkswagen na Europa ao dar espaço para Skoda e Seat como opções de acesso. Para tanto, tentará afastar ao máximo os contornos de produtos em comum, mesmo na regiões onde as duas marcas não atuam juntas. É aí que se inclui, por exemplo, o Mercosul.
[ Fonte: Le Figaro ]