A PSA já possui sua sede nos Estados Unidos, na cidade de Atlanta (leia aqui). O escritório local foi aberto para servir de base para as futuras incursões da companhia na terra do Tio Sam, a começar pelo serviço de compartilhamento de veículos (leia aqui). No entanto, a empresa não esconde seu desejo de voltar a comercializar automóveis por lá, como deixou claro a direção da Peugeot recentemente (leia aqui). Agora, segundo a agência Automotive News, a gigante francesa começa a estudar de maneira mais profunda a América do Norte, almejando atuar em pelo menos 15 estados americanos e quatro províncias canadenses até o fim de 2026.
O projeto de retorno aos EUA ainda está em fase inicial, como relata o CEO da PSA América do Norte, Larry Dominique. O executivo afirma que a empresa planeja operar novamente no País como vendedora de carros em menos de uma década, atuando especialmente em 15 estados: Arizona, Califórnia, Carolina do Norte, Florida, Georgia, Illinois, Massachusetts, Maryland, New Hampshire, Nova Jersey, Nova York, Texas, Virgina, Washington e outra localidade não nomeada. O motivo? Além de serem mais abertos a veículos importados, eles representam 62% das vendas de veículos no país. Os 38% restantes ficam com os outros 35 territórios do País. No Canadá, a escolha recai sobre quatro províncias (Alberta, Columbia, Ontario e Quebec), que respondem por 87% dos emplacamentos.
Apesar de querer voltar a vender seus carros nos EUA, a PSA prevê um retorno com cautela. No fim do ano passado, deu início às operações do aplicativo Free2Move, que engloba serviços de transporte. Para os próximos meses, prevê a implantação do sistema de compartilhamento de veículos, por ora mediante acordo com algum fabricante local. Com essa fase concluída, a francesa então pretende retomar a comercialização de veículos, mas Dominique revela que está em estudo uma nova modalidade de negócio, sem franqueamento de lojas.
PASSADO IANQUE
A história da PSA nos EUA se encerrou há décadas. Dois anos antes de ser totalmente absorvida pela Peugeot, em 1976, a Citroën fechou as portas por lá, devido às mudanças na legislação a respeito do design dos veículos, a fim de reduzir as mortes por atropelamento. Oficialmente, a marca dos felinos deixou o Tio Sam em 1991 (leia aqui), mas suas vendas decaíram desde meados da década de 1980. A guerra de preços, que deu espaço às japonesas, fez a marca perder dinheiro, principalmente após o lançamento do refinado 405. Em 2008, a empresa sinalizou o desejo de retornar aos EUA (leia aqui), mas o projeto acabou atrasando devido à crise global de 2009 e às constantes perdas financeiras da PSA ao longo dos últimos tempos.
[ Fonte: Automotive News ]