(Foto: Reuters)
Castigada pelo regime ditatorial de Nicolas Maduro, a Venezuela sofre escassez acentuada de alimentos. Agora, a crise atinge também o petróleo, que por muitos anos foi o mantenedor da farra de gastos do governo vizinho. Uma das maiores produtores do óleo nas últimas décadas e dona da maior reserva mundial, segundo o relatório datado de 2013, a nação ao norte da América do Sul decidiu criar um censo de veículos para racionar o uso dos combustíveis.
A medida é apontada como mais uma tentativa desesperada do governo de Maduro de conter o consumo no País, a fim de frear a inflação, que fechou em cerca de 13000% em 2017, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em seis anos, o país viu seu PIB cair aproximadamente 50%. A fim de tentar reduzir as perdas, criou-se o censo automotivo, visando a cadastrar veículos para liberar ou não o comércio de combustíveis. Outra medida analisada é aumentar o preço da gasolina nos postos, haja vista que a Venezuela possui o menor preço final do mundo. O derivado de petróleo é mais barato que água por lá.
Para participar do censo, o governo exige que os cidadãos preencham um formulário com dados do veículo, indicando modelo, motorização, média de consumo, entre outros. As informações devem ser alinhadas ao “cartão pátria” de lá, o cadastramento estatal que serve para distribuir comida e outros artigos aos venezuelanos. A oposição afirma que se trata de uma medida política, pois exclui quem decidiu não utilizar o cartão.
A falta de diesel também prejudica o transporte público. Como o governo deve distribuir o líquido, bem como componentes para o funcionamento dos ônibus, como pneus e lubrificantes, a falta de produtos reflete na redução de veículos em circulação. Com isso, caminhões lotam caçambas para que os cidadãos possam realizar suas tarefas diárias.
O governo de Maduro não deixa claro como o censo resultará em melhor utilização dos recursos, tampouco se haverá distribuição de combustíveis ou facilitação de acesso ao produto.
[ Fonte: AutoBlog ]
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