A Volkswagen confirmou os rumores de que passará a montar o Golf em menos fábricas, concentrando sua produção na planta de Wolfsburg, na Alemanha. A decisão faz parte de um acordo da empresa com o sindicato local, garantindo a exclusividade do modelo, ao menos no Ocidente. Assim, a companhia busca não apenas reduzir custos, mas também ampliar a capacidade anual da fábrica de sua sede para cerca de um milhão de veículos por ano. A informação foi publicada pelo jornal Braunschweiger Zeitung.
Ao diário, o diretor de produção da Volkswagen, Andreas Tostmann, confirmou o projeto da empresa. Com isso, a partir da sétima geração, o Golf deixará de ser montado na unidade alemã de Zwickau e na mexicana de Puebla, essa última responsável por abastecer países da América. Além de concentrar a produção do hatch em um só local, a empresa acredita que a medida pode fazer com que os demais complexos industriais possam se dedicar a projetos mais bem aceitos regionalmente, como é o caso dos SUVs no México e arredores.
Ainda não se sabe ao certo como a medida afetará o Golf feito em São José dos Pinhais (PR). No entanto, o mais provável é que a unidade paranaense se dedique também a produtos de maior demanda, como o iminente T-Cross (leia aqui), e deixe de montar o hatch. A tendência é que ele passe a ser importado, agora que o acréscimo à alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi derrubado (leia aqui) e com as negociações avançadas do acordo bilateral entre Mercosul e União Europeia (leia aqui, aqui e aqui).
Apesar disso, o Golf brasileiro deve continuar em produção por pelo menos mais dois anos.
[ Fonte: Braunschweiger Zeitung ]