O carro com motor a diesel não foi a única vítima de ecologistas após o escândalo Dieselgate: a agenda ambiental aponta, desde então, contra todos os veículos com propulsor por combustão interna. Não por acaso, países como França (leia aqui) e Reino Unido (leia aqui) já os baniram e vários outros (leia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) já seguiram a tendência, incluindo o Brasil (leia aqui e aqui). Agora é a vez da Espanha sinalizar para o fim do comércio de tais automóveis e utilitários, impondo, como outros, o ano de 2040 como data-limite para suas vendas.
Em documento, o governo espanhol afirma que a medida deve ser adotada para ajudar no combate à mudança climática, ressaltando que algumas das mudanças mais importantes “afetam o transporte”. “A partir de 2040, o registro e a venda de automóveis e comerciais leves que emitam dióxido de carbono (CO2) diretamente não será mais permitida”, diz o texto. Nele também se encontram metas de redução de poluição, com corte de 20% em 2030, em relação aos limites de 1990, e de 90% em 2050.
A medida faz parte de uma proposta que o primeiro-ministro Pedro Sanchez, do partido socialista, encaminhará ao parlamento ainda em 2018. Segundo ele, apenas com uma política radical a Espanha poderá cumprir as metas do Acordo Climático de Paris. No entanto, o chefe de Estado precisa convencer o congresso: lá, possui 84 das 350 cadeiras. Ou seja, precisará negociar com outros partidos para aprovar a proposta. O mesmo vale para o orçamento, que oferece resistência da oposição liderada pelo Partido Popular.