Depois de alguns teasers (leia aqui e aqui), a Kia enfim oficializou as linhas da terceira geração do Soul. Estrela da marca para o Salão de Los Angeles, o crossover, que nunca foi uma unanimidade estética, adota design ainda mais polêmico nesta nova linhagem. O visual combina bastante com a variação elétrica, que chega junto das demais motorizações e já está confirmada para desembarcar no Brasil (leia aqui).
Como os teasers nos adiantavam, o estilo “caixote” característico do Soul foi preservado na terceira geração. A dianteira continua alta, mas agora tem faróis mais estreitos, com filetes de LED que se “integram” à barra da grade. O para-choque tem acabamento que varia de acordo com a versão (a esportiva GT-Line, a aventureira X-Line ou a EX Designer Collection) ou a motorização, no caso do elétrico. Além de formas próprias e do filete azulado na base, ali fica a portinhola para recarga das baterias.
A traseira, porém, é o ponto crítico do design. Ao melhor estilo “ame-o ou deixe-o”, ela tem como destaque as lanternas elevadas que não apenas invadem parcialmente a tampa do porta-malas. As luzes também envolvem o vidro da cobertura do bagageiro na parte superior, formando praticamente uma ferradura. O para-choque, tal qual na frente, varia de acordo com o acabamento.
O habitáculo apresenta uma boa evolução frente ao modelo atual, embora não revolucione as linhas ou a disposição dos componentes. Como destaques, o crossover exibe a central multimídia com moldura integrada aos difusores de ar centrais. O sistema tem variação no tamanho das telas e na quantidade de botões. Outro diferencial interessante é a colocação das caixas de som junto às saídas de ventilação nas extremidades do painel, solução inusitada na indústria. Para completar, a variação elétrica possui seletor giratório das marchas, enquanto as demais contam com a tradicional alavanca.
MECÂNICA
Apesar de utilizar uma nova plataforma, o Soul não alterou tanto suas medidas. Altura (1,60 metro) e largura (1,80 m), por exemplo, foram mantidas. No entanto, ele ficou 5,6 centímetros mais comprido, chegando a 4,196 metros, e alongou o entre-eixos em 3,1 cm, chegando a 2,60 m.
Para movê-lo, a Kia escalou três motorizações – ao menos nos Estados Unidos. A gasolina, há o 2.0 16v aspirado. Ele entrega 147 cv e 18,2 kgfm de torque, podendo ser acoplado aos câmbios manual, de seis marchas, ou continuamente variável (CVT), chamado ITV pela marca. Os mais apressados podem optar pelo 1.6 16v T-GDI. Com turbocompressor, ele rende 201 cv e 26,9 kgfm, atuando sempre com a caixa de dupla embreagem e sete velocidades.
Já o Soul EV é movido exclusivamente a eletricidade. Seu único motor entrega instantâneos 40,2 kgfm de torque e 201 cv e é alimentado por baterias de íons de lítio com 64 kWh de potência, que podem ser recarregadas em pontos rápidos de padrão DC. A Kia não fala em consumo ou desempenho, mas destaca que o equipamento possui quatro modos de condução: Comfort, Sport, Eco e Eco+, todos autoexplicativos.