[ESPECIAL] Fórmula 1 2019: O que muda na nova temporada da categoria


[Foto: Giorgio Piola/Formula1.com]

A temporada 2019 da Fórmula 1 vai ter mudanças pontuais no regulamento. Não será nada radical como o previsto para 2021, no ano seguinte ao término do atual Pacto de Concórdia, quando alterações mais profundas devem acontecer. Algumas novidades são melhor vistas “a olho nu”, outras serão menos – ou nada – perceptíveis. Confira abaixo o que teremos de novidades no campeonato que se inicia, na pistas, no dia 15 de março, com o treino livre para o GP da Austrália.

 

[Foto: Formula1.com]

ASA DIANTEIRA MAIS LARGA E ALTA

Na temporada 2019, a dianteira terá uma asa 20 centímetros mais larga e 2 cm mais alta. Ela também foi movida em 2,5 cm para a frente e recebeu aletas bem menos complexas. Com essa medida, o grupo Liberty Media, proprietário dos direitos comerciais da F1, quer reduzir a pressão sofrida pelo carro que persegue o da frente e aumentar as chances de ultrapassagem. Componentes voltados a tirar o ar do entorno dos pneus dianteiros foram proibidos, o que faz com que a asa sirva praticamente para gerar downforce somente. Dessa forma, o piloto que vem atrás tem de enfrentar menos turbulência. Na foto acima, que ilustra o post, a Williams testa a nova asa, utilizando a chama “pintura aero” para identificar e compreender o comportamento do ar sobre a carroceria.

PRANCHAS REPOSICIONADAS E MENORES

As pranchas do monoposto – ou barge boards -, que ficam à frente dos sidepops (em vermelho na ilustração abaixo), foram diminuídas em altura (-15 centímetros) e colocadas 10 cm mais próximas do bico. A mudança ocorre para reduzir seu impacto aerodinâmico, fazendo com que haja menos turbulência para o carro que vem atrás e menor ganho em arrasto. A medida facilita a aproximação de um monoposto e diminui o risco de perda de controle do piloto que tenta a ultrapassagem, como acabou acontecendo entre as Red Bull de Max Verstappen e Daniel Ricciardo no GP do Azerbaijão de 2018.

ASA TRASEIRA MAIS LARGA E ALTA

Tal qual a asa dianteira, a traseira também teve mudanças em medidas e posicionamento. Ela ficou 2 cm mais alta, o que aumentará a altura do “spray” em dias de chuva, e 10 cm mais larga, para gerar mais vácuo para quem vem de trás – novamente com foco nas ultrapassagens. De quebra, a área de abertura da asa móvel (DRS) foi ampliada em 2 cm, aumentando sua relevância em 25%.

LUZES TRASEIRAS

Como havíamos publicado anteriormente (leia aqui), os carros da Fórmula 1 terão mais duas lanternas, além da colocada no centro. Elas serão verticais e ficarão nas laterais da asa traseira. Seu objetivo, claro, é melhorar a visibilidade quando as condições climáticas não forem tão favoráveis e também nas provas noturnas. Compostas por LED, as luzes deverão ser ativadas sempre que o monoposto estiver calçando pneus intermediários ou de chuva.

[Foto: FormulaRapida.com]

DUTOS DE FREIO REDESENHADOS

Para reduzir o potencial aerodinâmico, o desenho dos dutos de freio foram simplificados. Há restrições para criações mais complexas, especialmente para reduzir a exploração da superfície dos componentes para ganhos em arrasto. A mudança prevê também menor perda de downforce quando o carro estiver em áreas de turbulência, o que, novamente, permite andar mais próximo do carro da frente.

NOVAS CORES PARA OS PNEUS

Até então, cada tipo de pneu possuía uma cor, o que gerava um arco-íris para identificar cada composto. Agora, a Pirelli usará somente três tonalidades por fim de semana: branca para os mais duros, amarela para os médios e vermelha para os macios. Os atuais “supermacios”, “ultramacios” e “hipermacios” serão classificados em uma escala de C1 a C5, mas terão a nomenclatura simplificada no padrão acima.

[Foto: FormulaSpy.com]

GASTO DE COMBUSTÍVEL MAIOR

A FIA decidiu revisar o consumo máximo permitido, passando de 105 kg para 110 kg – por questões de física, é a medida ideal para aferir a quantia de gasolina. A entidade afirma que, assim, os pilotos poderão aproveitar mais dos motores, sem ter de se preocupar tanto com o consumo, o que acabou acontecendo em várias provas. Novamente, o foco é permitir mais disputas em pista.

LUVAS BIOMÉTRICAS

A partir dessa temporada, todos os pilotos terão de usar luvas biométricas. Segundo a organização da F1, ela ajudam a agilizar o atendimento em casos de acidente ou necessidade de resgate. Desenvolvidas pelo Departamento de Segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), elas têm sensores no tecido que monitoram os níveis de oxigênio no sangue e o batimento cardíaco dos pilotos, disponibilizando informações importantes colhidas antes, durante e depois de uma batida, por exemplo.

CAPACETES MAIS FORTES

A FIA determinou um novo padrão para os capacetes da Fórmula 1, chamado 8860-2018. Resultado de estudos que levaram mais de uma década, eles prometem maior absorção de energia e proteção balística avançada pelo uso de materiais compostos mais rígidos. Para isso, o visor foi rebaixado em 1 cm, reduzindo o grau de risco de pancadas.

[Foto: Formula1.com]

PESO DO CARRO E DO PILOTO

Ao final de cada prova, piloto e veículo colocados na balança para verificar se não há desrespeito às regras de massa mínima. Agora, o condutor será avaliado separadamente, para não prejudicar pilotos naturalmente mais pesados. O peso mínimo do monoposto foi elevado de 733 kg para 740 kg, sem combustível. Porém, piloto, banco e equipamentos para condução devem pesar ao menos 80 kg somados. Caso o número não seja alcançado, a equipe deve colocar lastro na área do cockpit, para evitar que se aproveite o peso extra para balancear o carro.

OUTRAS MUDANÇAS

Bandeira quadriculada: A tradicional flâmula alvinegra continuará sendo agitada na reta dos boxes de cada circuito. No entanto, o indicador de fim de corrida oficial passa a ser uma bandeira xadrez exposta em um painel luminoso na linha de chegada. O objetivo é reduzir as chances de falha humana e facilitar a identificação por parte dos pilotos.

Retrovisores: Como a asa traseira teve mudanças no desenho, ficando mais alta e larga, os espelhos tiveram de ser reposicionados. A FIA afirma que as modificações foram mínimas, mas não mencionou alterações nas medidas.

Câmera do veículo: A chamada “câmera onboard” também recebeu alterações. A FIA não explicou quais foram as mudanças, indicando apenas que elas aconteceram para “aprimorar o espetáculo televisivo”.

Ultrapassagem em relargadas: Ao se reiniciar uma prova, após o recolhimento do carro de segurança, os monopostos só podem realizar ultrapassagens depois de cruzarem a linha de chegada. Até então, a manobra era permitida assim que o safety car voltava aos boxes, em uma linha imaginária de onde ele havia passado pela última vez.

Inspeção própria: Os carros não serão mais inspecionados no início dos fins de semana. Porém, os competidores assinarão uma declaração garantindo estarem cientes e alinhados às regras da F1. A qualquer momento, os comissários podem realizar checagens nos monopostos para verificar o respeito ao regulamento.

[ Fonte: Formula1.com ]

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