A tendência das plataformas modulares chegou aos utilitários. Depois de iniciar o emprego da arquitetura TNGA em seus automóveis, a Toyota trabalha para viabilizar o mesmo conceito nos chamados chassis de longarinas, incorporado em veículos comerciais. Segundo a agência Automotive News, a empresa desenvolve uma matriz única, chamada F1, para dar base às futuras gerações das picapes Tundra e Tacoma, comercializadas principalmente nos Estados Unidos, e também da Hilux.
O desenvolvimento de uma plataforma comum para o trio global tem uma justificativa bastante óbvia: redução de custos. Ela é ainda mais importante no caso de Tacoma e Tundra, haja vista que ambas compartilham a fábrica de San Antonio, no Texas, o que reduziria a complexidade o processo fabril. Somadas, elas contam com 37 variações de carroceria, entre caçambas, cabines e outros adendos.
Por outro lado, há desafios significativos no desenvolvimento dessa arquitetura comum. Apresentada em 2006, a Tundra exige porte maior e estrutura mais forte para enfrentar as chamadas picapes “full size”. Tal fator, porém, pode deixar a Tacoma, lançada em 2015, muito pesada ou com medidas mais generosas do que a categoria pede. O mesmo vale para seus SUVs derivados: o grande Sequoia e o menor 4Runner.
Convém ressaltar a maior importância da Tacoma para a Toyota. Depois de passar anos atuando praticamente sozinha, ela domina as vendas da categoria. Já a Tundra é mera figurante no segmento, superando somente a Nissan Titan e ficando atrás do quarteto oferecido pelas gigantes de Detroit.
A estratégia de mecânica única respingaria na Hilux e no SW4/Fortuner. Novamente pensando na redução de custos, a picape vendida por aqui se beneficiaria também dessa plataforma. A tendência é que de fato a Toyota aproxime ela da Tacoma, como fizeram suas rivais Chevrolet e Ford nos Estados Unidos.
[ Fonte: Automotive News ]