Lançado no Brasil há um ano (leia aqui), o Stinger dificilmente terá um substituto direto. Se por aqui o preço sugerido de R$ 399.990 assusta, lá fora a atuação em um segmento meio perdido parece ter sido crucial para o fracasso. Quem admite o erro é o chefe de design do estúdio da Kia na Alemanha. Gregory Guillaume, como reporta o site australiano CarAdvice.
Em entrevista ao site, Guillaume reconhece que o Stinger nunca foi planejado como um modelo de altas cifras globais. No entanto, a marca esperava ao menos uma boa aceitação na América do Norte, o que tampouco aconteceu. “Realmente não esperávamos grandes volumes. [O Stinger] É um carro de nicho. Queríamos ter sucesso ao menos na América, um mercado onde pensávamos que ele funcionaria”, disse o executivo, nos bastidores do Salão de Frankfurt. Para ele, há um equívoco quanto à imagem do modelo e certa resistência do consumidor local. “Tínhamos grandes expectativas por lá e é muito difícil estrear nesse tipo de segmento. O público não está acostumado com um sedã de alto desempenho da Kia”, acrescentou.
Os erros se refletem em números. Entre janeiro e agosto de 2019, o modelo emplacou 9.435 unidades nos Estados Unidos, 20% menos que os 11.624 exemplares negociados no mesmo período de 2018. O volume corresponde somente à metade do previsto inicialmente, o que tem forçado concessionários a conceder descontos para que o modelo não encalhe nos pátios.
No Brasil, a situação não é muito diferente. Em três meses de vendas em 2018, o Stinger teve comercializados 16 exemplares, dez deles em outubro, seu mês de estreia. Ao longo de 2019, apenas duas unidades foram emplacadas: uma em janeiro, a outra em junho. Ou seja: com 18 veículos negociados, o modelo sequer conseguiu esgotar o estoque da série especial de lançamento Launch Edition by Fittipaldi, limitada a 20 carros.
[ Fonte: CarAdvice ]
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