O fundador do Grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, admitiu que as conversas para que a empresa brasileira assuma a fábrica de caminhões pertencente à Ford, em São Bernardo do Campo (SP), esfriaram. Segundo o executivo, as conversas ainda seguem e pode haver um final feliz, porém as possibilidades estão menores que outrora. “Não digo que não pode acontecer mais, ainda há chance, mas ficou remoto”, revelou. A informação foi publicada pelo site Automotive Business.
Apesar de Oliveira Andrade não dar detalhes sobre o andamento das negociações, rumores indicam que há um desacerto entre Caoa e Ford com relação aos valores. O entrave inclui o passivo que a empresa brasileira terá de assumir, verificado após auditoria realizada no complexo. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC chegou a acusar o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de rejeitar financiamento para a compra, mas o banco não financia aquisições. De todo modo, Oliveira Andrade também negou que esse tenha sido o entrave: “Não preciso do BNDES, somos uma empresa capitalizada, mas precisamos de muito mais capital para levar adiante os grandes investimentos que planejamos nos próximos anos.”
O executivo disse ainda que tinha interesse em assumir a planta para montar não apenas caminhões, mas também outros tipos de veículos. Ele inclusive já teria acordos engatilhados com companhias chinesas, podendo aplicar recursos em outras localidades. Oliveira Andrade admitiu também que segue com o sonho de ter uma marca de automóveis 100% brasileira, que possa inclusive atuar no exterior.
[ Fonte: Automotive Business ]