Depois de adquirir os 50% restantes da joint-venture que mantinha com a General Motors, o que resultará no fim do Chevrolet Niva em breve (leia aqui), a AvtoVaz fez sutis mudanças em sua variação do utilitário. Sem as linhas mais modernas do irmão norte-americano, o veterano Niva, vendido na Rússia apenas como “4×4”, recebeu retoques leves, por fora e por dentro, para se diferenciar um pouco dos produtos comercializados até agora. Com fim especulado há anos, ele aparentemente ganha sobrevida mais uma vez.
Por fora, a única novidade está na dianteira, onde o 4×4 recebeu faróis de neblina integrados ao para-choque. A mudança é válida apenas para a versão mais cara, chamada Urban. Já no interior passou por uma reforma mais significativa. O painel foi revisto, ganhando comandos para o ar condicionado e difusores de ar redesenhados. O quadro de instrumentos trocou de instrumentação, incorporando uma tela de LCD central com hodômetro e temperatura, enquanto os bancos foram reprojetados, adotando revestimentos inéditos e dois apoios de cabeça traseiros. Para completar, a marca modificou o console, adicionando dois porta-copos, um porta-objetos e os botões dos quatro vidros elétricos e do sistema de aquecimento dos assentos.
Na mecânica, nenhuma mudança. O 4×4 segue vendido na Rússia com o motor 1.7 a gasolina de 84 cv e 13,1 kgfm, adequado aos padrões locais de emissões – um pouco diferente do oferecido na Alemanha (leia aqui) – , e a caixa manual de cinco marchas. A tração nas quatro rodas, é claro, é de série.
O FIM ESTÁ PRÓXIMO…?
Famoso pela robustez, inclusive no Brasil, o veterano Niva segue firme e forte na Rússia. Mesmo após as constantes especulações de fim, inclusive com anúncios de descontinuação feitos pela própria AvtoVaz (leia aqui e aqui), o utilitário não tem, de fato, uma previsão de sair de cena. As leis de emissões e segurança menos restritivas em seu mercado local são primordiais para a sobrevivência. Afinal, ficaria caro demais adaptar itens como airbags frontais e laterais em um projeto tão antigo e com “deficiências” inerentes de sua época, como deformação programada praticamente inexistente.