Derivada da Nissan Frontier, a Renault Alaskan deveria ter entrado em produção na Argentina em meados de 2018 (leia aqui), em projeto bancado em conjunto com a Daimler, que viabilizaria a Mercedes-Benz Classe X. Passados quase dois anos, os alemães se retiraram da parceria, após atrasos, alegando descumprimento de acordo por parte dos japoneses. Oficialmente, a francesa suspendeu “por tempo indeterminado” a fabricação de sua picape, o que dava a entender que ela estava cancelada. Mas o novo gerente de produto da marca para a terra do tango, Juan Manuel Alliati, garante que ainda há interesse em montá-la em Córdoba. É o que reporta o site Autoblog Argentina.
De acordo com a Alliati, não há qualquer indicativo de desistência de lançamento por parte da Renault. “Está suspenso, não cancelado. Está mais vivo do que nunca e em 2020 vemos uma oportunidade de lançá-la”, pontua. Para o executivo, há uma chance de enfim dar início à produção da Alaskan com o aumento dos impostos promovido pelo novo governo federal (leia aqui). A sobretaxa só incide sobre automóveis, deixando comerciais leves isentos de cobrança.
Atrasada devido à forte crise econômica da Argentina, a Alaskan pode ser uma aposta de crescimento da Renault em meio a um mercado retraído. Afinal, o modelo mais vendido do país em 2019 foi a Toyota Hilux (leia aqui), que está longe de ser acessível ao público generalista. “Nossa fábrica de Córdoba está dimensionada para produzir até 70 mil picapes por ano. Estamos prontos para lançá-la [a Alaskan] amanhã mesmo, se tivermos as condições ideais”, completou o executivo.
Derivada da Frontier, que já é montada no complexo da Renault-Nissan na Argentina, a Alaskan acabou sendo suspensa pela crise local. Todavia, a direção da marca também estuda se há potencial mercadológico para o modelo, devido à falta de tração na categoria. Ainda que ela seja montada na terra do tango, sua importação para o Brasil não está garantida. O mesmo já acontece, por exemplo, com o utilitário Kangoo (leia aqui).
[ Fonte: Autoblog Argentina ]