Após divulgar teasers, a Seat apresentou a quarta geração do León, seu modelo equivalente ao Volkswagen Golf. Tal qual o primo alemão de oitava linhagem (leia aqui), o espanhol utiliza uma evolução da plataforma MQB, ficando mais rígido e leve. Com estilo esportivo, ele dispõe também de motorização similar à do hatch germânico, com variações híbridas recarregáveis (plug-in) ou leves (mild) e propulsores a gasolina, diesel e gás. O público deve conhecê-lo em março, no Salão de Genebra, junto da irmã perua Sportstourer.
Visualmente, o León se aproxima das demais criações recentes da Seat, mas sem deixar de lado sua identidade, marcada pela linha inferior dos vidros que sobe à traseira. A porção frontal tem faróis mais estreitos e menos recortados, capô curvo e grade hexagonal. Já na traseira, o destaque fica para as lanternas unidas, como as do SUV Tarraco (leia aqui). No habitáculo, seu acabamento aparenta ser mais simples que o do Golf, mas o visual tem personalidade. Ele também faz uso de quadro de instrumentos virtual, alavanca diminuta e seletor de luzes por botões, porém seus comandos de climatização ficam mais integrados à central multimídia, deixando espaço para difusores de ar maiores.
Nessa geração, o León dispensa a carroceria hatch de três portas, como fez o Golf. O cinco-portas mede agora 4,368 metros de comprimentp (+8,6 centímetros), 1,800 m de largura (-1,6 cm) e 1,456 m de altura (-0,3 cm), com 2,686 m de entreéixos (+5,0 cm), comportando os mesmos 380 litros no porta-malas. A perua tem 4,642 m de ponta a ponta (+9,3 cm) e 617 l no bagageiro (+30 l), mantendo largura e altura do irmão.
A gama de motores a gasolina (TSI) é composta pelos 1.0 de 90 e 110 cv, os 1.5 de 130 ou 150 cv e o 2.0 de 190 cv. Os três menos potente têm ciclo de queima Miller, que prolonga a fase de expansão em relação à de combustão, e turbo com aletas de posição variálvel, enquanto os 1.5 contam com desativação de cilindros para reduzir o consumo. A linha a diesel (TDI) dispõe dos 2.0 de 115 e 150 cv. A gás natural (TGI), há o 1.5 de 130 cv, que também consome gasolina. Há três depósitos do combustível gasoso, totalizando 17,3 kg, com autonomia estimada em 440 km.
As variações eletrificadas são de dois tipos. Os híbridos leves (eTSI) são o 1.0 de 110 cv e o 1.5 de 150 cv, associados a uma máquina elétrica auxiliar e uma rede de 48 volts. Em fases de desaceleração, o sistema armazena a energia em uma pequena bateria de lítio, auxiliando nas retomadas e podendo manter velocidade de cruzeiro de maneira autônoma, ajudando a reduzir consumo e emissões. Já o eHybrid é um recarregável tradicional, que mescla o 1.4 TSI a um propulsor elétrico, garantindo 204 cv. A autonomia usando apenas eletricidade é estimada em 60 km.
Depois de Golf e León, o Grupo VW agora prepara a renovação do Skoda Octavia e do Audi A3.