A Mercedes-Benz apresentou as primeiras informações e imagens da reestilização de meia vida do atual Classe E, codificado como W213, que ganhou as ruas há quatro anos (leia aqui). Na reforma, como esperado, o modelo passou por alterações externas e internas, tendo novidades também em equipamentos. Também já foram oficializados detalhes da variação E53 AMG, mas por ora apenas as carrocerias sedã e perua (Estate) trazem modificações. As vendas começam no terceiro trimestre.
Por fora, as duas carrocerias passaram por um retoque mais leve na dianteira, com destaque para os faróis menores, que lembram o irmão SUV GLE (leia aqui), e a grade dianteira menos envolvente – até com um padrão retrô, a depender da versão. Atrás, a perua pouco muda, mas o sedã passa por uma reformulação, trocando as lanternas verticalizadas por conjuntos horizontais, que invadem a tampa do porta-malas, como em CLS (leia aqui) e Classe A Sedan (leia aqui), por exemplo. O estilo desvincula momentaneamente o Classe E dos irmãos C e S.
O interior muda menos que a traseira, mas também tem novidades. A mais chamativa, de início, está no volante, que tem dois desenhos novos, sempre com miolo central destacado e partes sensíveis ao toque. Agora, as telas de 10,25 polegadas para instrumentos (antes os mostradores analógicos eram padrão) e multimídia (o visor de 8,4″ era o de base) passam a ser de série, com opção de 12,3″ para ambas. A central recebe o sistema inteligente MBUX, que “conversa” com os passageiros e reconhece comandos por voz. A marca destaca ainda ter melhorado o controlador de velocidade, que agora integra a atuação às informações de tráfego para prever frenagens, e o assistente de baliza, mais preciso.
Os níveis de caracterização passam a se chamar Avantgarde, Exclusive e AMG Line. O primeiro traz o emblema da Mercedes na grade, enquanto o segundo usa a grelha tradicional e o logotipo na ponta do capô. Já o último, como o batismo sugere, tem aspecto mais esportivo, recebendo itens visuais da divisão de alto desempenho da Mercedes.
A Mercedes não faz questão de detalhar toda a gama de motores, limitando-se a informar que a linha a gasolina terá opções de 156 a 367 cv, enquanto a família a diesel contará com variações entre 160 e 330 cv. O 2.0 de 272 cv, porém, ganha a companhia de um sistema híbrido leve, dotado de propulsor elétrico de 20 cv e rede de 48 volts. A oferta de trações traseira ou integral dependerá do conjunto motriz e do mercado.
Ao menos se sabe que a versão E53 AMG terá o motor 3.0 de seis cilindros, capaz de gerar 435 cv e 53 kgfm, apoiado por um elétrico para funções auxiliares, formando um sistema híbrido leve com rede de 48 volts. O câmbio é o AMG Speedshift de nove marchas, com tração integral 4Matic+. A marca não fala em aceleração, mas confirma a máxima de 250 km/h, elevada a 270 km/h com o opcional AMG Driver’s Package.