A Fiat oficializou a chegada de segunda geração moderna do 500, que seria uma de suas atrações para o Salão de Genebra. Apesar do visual parecido, a marca garante que a plataforma do novo compacto é diferente da do antecessor. Uma novidade é a estreia do hatch apenas com propulsão elétrica, que remonta ao 500e, lançado nos Estados Unidos em 2012 (leia aqui).
Apesar da plataforma diferente, como afirma a Fiat, as linhas e proporções do 500 são bem parecidas com as do antecessor. A dianteira adota apenas uma tomada inferior, para refrigeração de freios e outros sistemas, enquanto os faróis fazem apenas alusão à elipse do anterior, com a porção superior formando uma “meia lua” sobre o capô. As laterais exibem novas molduras nas janelas e um friso que se estende pelo veículo e “oculta” as maçanetas. Atrás, novamente proporções parecidas, com lanternas adotando distribuição diferenciada e luzes de ré ocupando a parte inferior do para-choque.
A troca de geração fez o 500 crescer ligeiramente. Agora, são 3,632 metros de comprimento (+6 centímetros), 1,683 m de largura (+5,6 cm), 1,527 m de altura (+2,9 cm) e 2,322 m de entre-eixos (+3,2 cm). A Fiat afirma que as alterações melhoraram o espaço no banco traseiros, um dos pontos fracos do hatch, por sua concepção. O porta-malas manteve os 185 litros.
Na parte interna, aliás, o 500 muda por completo, ainda que os elementos pareçam estar em posição parecida. O console incorpora os comandos de som e freio de estacionamento, enquanto os botões da seleção do câmbio sobem para o painel, abrindo espaço entre essas duas áreas. A central multimídia conta com tela de 10,25 polegadas, integração Apple CarPlay/Android Auto e pode ser manipulada remotamente. No quadro de instrumentos, há um visor de 7″, como no atual, mas com melhor resolução e maior possibilidade de customização. As versões mais caras poderão contar com frenagem automática com detector de pedestres, auxílio de manutenção de faixa, alerta de pontos cegos, entre outros.
A propulsão é garantida por um motor elétrico de 118 cv, alimentado por bateria de íons de lítio de 42 kWh. A autonomia é estimada em 320 km (ciclo europeu WLTP), com recarga de 80% da energia em 35 minutos em pontos de 85 kW e corrente contínua ou 14 horas para uma reposição total em tomadas domésticas de 230 volts. O conjunto, segundo a Fiat, vai de zero a 100 km/h em nove segundos (a 50 km/ em 3,1 s), com máxima limitada a 150 km/h. A operação do equipamento pode ocorrer em três modos: Normal, Range (foco em economia de energia) e Sherpa (ainda mais restritivo, com desligamento do ar condicionado e máxima de 80 km/h).
A nova linhagem já pode ser reservada na série de lançamento La Prima, limitada a 500 exemplares. O pedido deve ser feito pela internet, mediante depósito de € 500 (reembolsáveis se o negócio não se concretizar), optando-se por uma das três cores iniciais: cinza Mineral, azul Celestial ou verde Ocean. O preço final é de € 37.900 (R$ 205.970, na cotação de hoje) e inclui um carregador de parede (wallbox), mas a instalação fica por conta do consumidor.
A produção do renovado 500 ficará a cargo da fábrica da Fiat em Turim, na Itália, de onde ele será trazido ao Brasil. O modelo atual é feito em Tychy, na Polônia, planta que o fornecia também para cá, antes de o hatch ser montado também no México.
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