Mika Häkkinen ao volante da McLaren-Mercedes
Mesmo com o adiamento do novo regulamento técnico para 2022 (leia aqui), a McLaren não vai mudar seu contrato de fornecimento de motores, anunciado em setembro passado (leia aqui). Dessa forma, a parceria com a Mercedes será retomada a partir da temporada de 2021 da Fórmula 1, reeditando a aliança que vingou entre 1995 e 2014. A atual fabricante de propulsores do time inglês, Renault, acabará por utilizar sozinha sua unidade motriz já no ano que vem.
O ponto mais crítico de manter os planos para a McLaren é “encaixar” o motor Mercedes em seu chassi. Como parte do adiamento, as equipes concordaram em congelar o desenvolvimento do carro até o fim de 2020 para reduzir custos. Ou seja: a equipe inglesa terá pouco tempo para adaptar seu monoposto ao propulsor alemão, que substituirá o fornecido pela Renault. Em nota, porém, a empresa destaca que trabalhará para “acomodar” a nova unidade motriz em seu competidor.
Apesar de haver parâmetros padronizados, os motores da Fórmula 1 não são iguais: cada elemento extra, como as unidades de energia cinética (MGU-K) e os turbocompressores, por exemplo, são alocados em diferentes posições junto a bloco e cabeçote. Por isso, os conjuntos completos podem variar suas medidas e proporções, dificultando a adaptação. Todavia, a McLaren fez o mesmo recentemente, com a própria Renault, ao incorporar o motor francês depois de três anos utilizando propulsores da Honda.