A Renault anunciou que não vai mais comercializar automóveis a combustão na China, optando por focar suas operações em utilitários e elétricos. A decisão foi anunciada nessa terça-feira (14), confirmando o fim da joint-venture com a local DongFeng, que comprará a metade francesa da união formada até então, mas manterá parceria para fornecimento de tecnologias. Os europeus seguirão aliados da Brilliance Jinbei (leia aqui) em sua nova empreitada.
Com a negociação, a DongFeng encerra todas as operações ligadas à marca Renault. No entanto, seguirá recebendo tecnologias, como motores, para aplicação nos veículos da Nissan, que segue sua aliada na China. As empresas continuarão também parceiras no licenciamento de componentes e na cooperação para desenvolver veículos inteligentes e conectados.
A cooperação com a Jinbei, firmada justamente em favor de veículos comerciais, vai intensificar os trabalhos em torno de utilitários leves. A Renault justifica a medida com a crescente procura por esse tipo de produto na China, onde foram vendidos 3,3 milhões de exemplares em 2019. Em consonância, apostará em elétricos, que já representam quase 5% do total emplacado anualmente no gigante asiático e devem alcançar 25% da fatia até 2030.
Vale ressaltar, porém, que o Renault K-ZE, a variação elétrica do Kwid, seguirá produzida em parceria com a DongFeng pela joint-venture eGT.