Desde janeiro dado como morto (leia aqui), o Fusion enfim teve sua oferta encerrada pela Ford do Brasil. Depois de negar o fim do modelo, que já estava fadado à descontinuação (leia aqui), a marca o retira de seu site oficial. Dessa forma, o sedã está oficialmente sepultado, após uma inesperada história de sucesso, especialmente em sua primeira geração.
É bem verdade que o Fusion já tinha desempenho bem abaixo do registrado em seus áureos tempos. Mas mesmo com 832 unidades negociadas em 2019, terminou em quarto lugar entre os sedãs grandes, ainda que não tenha emplacado mais que 100 unidades em um único mês desde maio do ano passado. Em 2020, já vivendo de estoques, foram apenas 13 carros comercializados: um forte indicador do fim renegado pela Ford.
A morte do Fusion por aqui já era esperada. Produzido no México, o modelo foi uma das vítimas do novo plano da Ford de comercializar apenas SUVs, picapes e o Mustang nos Estados Unidos (leia aqui), o que refletiu diretamente em seu abastecimento por aqui. Era, portanto, apenas questão de tempo até que ele fosse descontinuado oficialmente. Com tais notícias vindas do exterior, também ficou mais difícil para os lojistas convencerem os clientes a desembolsarem pelo menos R$ 150 mil por um exemplar do sedã.
Por ora, o Fusion não terá sua lacuna preenchida diretamente. No entanto, a Ford deve importar o Escape/Kuga para cá em breve, a fim de não apenas substituir o sedã como também ser a opção híbrida na gama da marca. Nos EUA, quem terá também essa missão é o iminente Bronco Sport (leia aqui). Fala-se ainda que a marca prepara um crossover com o batismo Fusion para enfrentar o Subaru Outback, embora não haja uma confirmação oficial sobre o projeto.
Lançado em meados de 2006 no Brasil, o Fusion logo conquistou o consumidor brasileiro ao ficar a meio caminho entre médios e grandes, mas com preços competitivos e um bom pacote de equipamentos. Seu sucesso, inclusive, “incentivou” outras marcas a apostarem na categoria, contribuindo para a a chegada de produtos como Hyundai Azera, Chevrolet Malibu e Volkswagen Jetta, que, em posicionamento, buscava o mesmo consumidor do Ford.