Produção “engatinha” em maio, mas exportações caem ainda mais


A produção de veículos no Brasil retoma sua jornada de maneira gradual, como mostram os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em maio, as fábricas tupiniquins produziram 43,1 mil unidades, bem acima das 1,9 mil de abril, algo já óbvio e esperado. Em comparação com o mesmo mês de 2019, porém, a retração é de 85% (275,7 mil). As exportações têm desempenho ainda pior: foram 3,9 mil envios no quinto mês de 2020, 46,3% a menos que no período anterior.

A produção ainda reduzida se deve a vários fatores. Por ora, das 65 fábricas instaladas no País, 18 ainda estão fechadas. Apenas o setor de caminhões está com todas as plantas operando, enquanto complexos que produzem apenas leves, que somam 15 unidades, têm oito fechados. Além disso, a reabertura acontece de forma gradual, em turnos únicos e com pessoal reduzido. O fechamento obrigatório de concessionárias e a suspensão de compras por parte das locadoras, que têm sofrido também com as devoluções de aluguéis de Uber, também contribuem para a redução dos volumes.

No acumulado, a indústria brasileira soma 631 mil veículos produzidos. O volume é 49% menor ao registrado entre janeiro e maio de 2019, quando 1,24 milhão de unidades saíram das linhas de montagem nacionais. A desaceleração do setor se reflete em estoques cheios, com 200,1 mil exemplares parados, suficientes para 97 dias de vendas. O normal oscila entre 30 e 35 dias.

EXPORTAÇÕES AINDA MENORES

Curiosamente, o volume de exportação não acompanhou o da produção em maio. Com 3,9 mil veículos enviados ao exterior, houve variação de -46,3% frente a abril, registrando-se o pior maio desde 1978. A queda se deve ao fechamento de fronteiras na América do Sul, onde estão os principais destinos dos carros brasileiros: Argentina, Chile, Colômbia e Peru. O acumulado soma 100 mil despachos, 45% menos que em 2019, refletindo-se no pior momento desde 2002. Apesar do cenário, a Anfavea mantém a previsão original de 381 mil exemplares exportados, que já antevia uma queda de 11% sobre 2019.

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