Após obter um empréstimo de 150 milhões de libras (hoje, R$ 1 bilhão) junto ao Banco Nacional do Bahrein, a McLaren conseguiu estancar um pouco da sua sangria. Contudo, a empresa ainda precisará de recursos para manter as operações. Tendo em vista que as vendas em 2020 serão baixas, especialmente por conta da pandemia, a companhia britânica precisará fazer caixa de alguma forma. As informações são da agência Automotive News.
Segundo a reportagem, a empresa cogita vender uma parte da divisão de automobilismo, reforçando os rumores surgidos nos últimos dias. Especula-se que a McLaren venda 30% de participação nessa área, o que auxiliaria na obtenção de recursos para os próximos meses. Uma publicação do jornal Financial Times reforçou a crise interna, indicando que a companhia poderia ficar sem caixa em meados de julho. Caso seja real, a situação é delicada em termos financeiros: afinal, foram captados 300 milhões de libras (R$ 2 bilhões) junto a acionistas, em março, para custear um novo plano de investimentos, diretamente impactado pela crise global causada pelo coronavírus.
A previsão de entrada de recursos com a venda de veículos tem sido bastante negativa. A McLaren projeta negociar 1.500 carros ao longo de 2020, um terço do volume total de 2019 (4.662 exemplares). Nesse ano, serão negociados modelos de maior valor agregado, mas ainda assim há um “peso” dos mais em conta na soma total de receitas. O comércio de esportivos representa 84% dos ganhos da companhia britânica, ante 12% da equipe de Fórmula 1. Os outros 4% provêm da divisão de tecnologia aplicada.
[ Fonte: Automotive News, Financial Times ]
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