A Toyota apresentou, na Tailândia, o inédito Corolla Cross. Ele havia sido flagrado pelas ruas do país asiático em abril (leia aqui), sendo agora oficializado pela marca japonesa. Apesar de estar do outro lado do mundo, o SUV tem relevância para nós: a empresa vai montá-lo em Sorocaba (SP) a partir de 2021 (leia aqui). Por porte e proposta, ele baterá de frente com o Jeep Compass, ficando abaixo do RAV4.
Visualmente, nota-se a influência do RAV4 na carroceria, além do próprio Corolla, é claro. Em relação ao outro SUV, o Corolla Cross tem contornos mais urbanos, com destaque para os faróis sinuosos, a grade de proporções generosas e as grandes lanternas horizontais. O interior segue os contornos do sedã, com painel bastante parecido. O quadro de instrumentos segue a mesma receita, embora com mostradores diferentes.
Construído sobre a plataforma TNGA-C, o Corolla Cross mede 4,460 metros de comprimento, 1,825 m de largura, 1,620 m de altura e 2,640 m de entre-eixos, com porta-malas comportando entre 440 e 487 litros (a diferença se dá pela presença ou não de estepe). Para efeito de comparação, o Compass possui respectivos 4,416 m, 1,819 m, 1,635 m e 2,636 m, com 440 l, o que os coloca em pé de igualdade em termos de porte, com ligeira vantagem para o Toyota. A suspensão tem esquema McPherson na frente com eixo de torção atrás. Na Ásia, as rodas podem ser de 17 (215/60) ou 18 (225/50) polegadas.
Na Tailândia, o Corolla Cross será movido pelo 1.8 a gasolina de 140 cv e 18 kgfm, com tração dianteira e transmissão continuamente variável (CVT). Na variação híbrida, o mesmo 1.8 opera em ciclo Atkinson, baixando a energia gerada para 98 cv e 14,5 kgfm. O motor elétrico que o apoia entrega 72 cv e 16,6 kgfm. Combinados, eles disponibilizam 122 cv mediante a caixa específica e-CVT.
E NO BRASIL?
Como dito, o Corolla Cross nacional será feito em Sorocaba, na fábrica atual das famílias Yaris e Etios – esta última deve sair de cena, abrindo espaço para o SUV. Além da plataforma do Corolla, o modelo vai repetir também seus motores (leia aqui). Ou seja: deve contar com o 2.0 Flex de 169/177 cv e o sistema híbrido de 122 cv, similar ao disponibilizado na Tailândia.
Com o Corolla Cross, a Toyota vai brigar em uma faixa de SUVs ainda pouco explorada no País, onde o Compass “nada de braçada”, sem concorrentes nacionais. A estratégia deve fazer a marca brigar pela liderança no segmento, que em breve terá a presença também do Volkswagen Tarek (leia aqui). Por outro lado, a japonesa seguirá ausente da categoria dos compactos. Lá, a concorrência é mais massiva, mas o potencial de vendas, de certa forma, também é maior.