Antecipado como conceito em outubro de 2019 (leia aqui), o elétrico Airya está pronto para ganhar as ruas. A Nissan divulgou as primeiras imagens e informações de seu SUV, prometendo lançá-lo comercialmente no Japão a partir de meados de 2021. A partir daí, ele começa a ser oferecido em outras regiões do planeta, com foco em China, Estados Unidos e Europa. A empresa aposta forte nele, sendo um de seus pilares para mudar a difícil realidade financeira atual (leia aqui).
Comparado ao conceito, o Ariya definitivo mudou relativamente pouco. A dianteira tem quase as mesmas formas, porém com a extensão das luzes diurnas de LED mais curta, alterando também as tomadas de ar do para-choque e parte da grade. Nas laterais, a portinhola do bocal de recarga das baterias cresceu, desvencilhando-se do recorte da porta, enquanto os retrovisores cresceram, mudando de formato. Atrás, as novidades são as lanternas escurecidas, o para-choque mais envolvente e as aparentes duas barbatanas no teto.
O interior é praticamente o mesmo do conceito, com alteração de poucos elementos. Há duas telas de 12,3 polegadas: uma para o quadro de instrumentos; a outra para a central multimídia, que possui inteligência artificial para atender a comandos por voz. O seletor do câmbio é anatômico e pode ser deslizado por um trilho no console. Sua posição pode ser memorizada, tal qual a do banco do motorista. Este ainda pode regular a operação do conjunto elétrico entre os parâmetros Standard, Sport e Eco. Os modelos com tração integral ainda têm o modo Snow.
O Ariya será vendido com duas variações de motorização, outras duas de bateria e trações dianteira ou integral, o que gera cinco diferentes potências e diferentes autonomias homologadas. O modelo de acesso tem 218 cv, tração e motor dianteiros, baterias de 63 kWh úteis (65 kWh totais) e 360 km de autonomia. O seguinte mantém a entrega ao eixo dianteiro, com 242 cv e 87 kWh úteis (90 kWh totais), garantindo até 500 km por recarga.
As três opções seguintes tem dois propulsores, um para cada eixo, com tração integral E-4orce. O primeiro tem 279 cv, 63 kWh e 340 km de autonomia, enquanto o seguinte dispõe de 306 cv, 87 kWh e 460 km. O mais forte se chama Performance, com 394 cv, os mesmos 87 kWh de capacidade, mas com percurso médio de 400 km por recarga. Ele vai de zero a 100 km/h em 5,1 segundos, com máxima de 200 km/h. A versão de entrada, com tração dianteira, cumpre a mesma prova em 7,5 s, com final de 160 km/h.
Além do conjunto motriz, o Ariya traz outros equipamentos avançados. A começar pelo ProPilot, que reúne diversos auxílios de condução, como o de permanência de faixa ou o controlador de velocidade ativo (ACC) com manutenção de distância do veículo da frente. Há também assistente de baliza, os alertas de colisão dianteiro e traseiro e o ePedal, acelerador que auxilia na recuperação de energia cinética em frenagens.
Os planos da Nissan, inicialmente, são pouco ambiciosos. No primeiro ano de produção, a marca almeja montar 30 mil exemplares do Ariya no Japão, em uma fábrica capaz de alavancar os números para 100 mil unidades. Contudo, é bem provável que o SUV também seja feito na China no futuro.
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