[Foto: Formula1.com]
A equipe Williams de Fórmula 1 anunciou que terá novo proprietário em breve. Depois de Frank Williams e Patrick Head sinalizarem, em maio (leia aqui), que a equipe poderia ser vendida, mesmo que parcialmente, agora os comandantes confirmam ter negociado a escuderia com o fundo de investimentos Dorilton Capital, sediado nos Estados Unidos. A venda, contudo, não significa o fim do time britânico, que não mudará seu batismo – ao menos por enquanto.
Oficialmente, não se fala em cifras ou percentuais negociados. Todavia, documentos cedidos ao mercado de capitais apontam que a Williams Grand Prix Engineering Limited, nome oficial da companhia, tem valor de mercado na casa dos € 152 milhões (R$ 1 bilhão). Os papéis indicam que o valor líquido recebido, após reembolso de dívidas de terceiros e despesas da transação, rondam os € 112 milhões (R$ 741 milhões). Ou seja: é possível que a estrutura por inteiro tenha sido negociada.
Dono de 52% das ações da WGPE, Frank Williams teria dado apoio irrestrito à transação, que dá fim ao controle da equipe à sua família. Contudo, ele provavelmente garantiu, em contrato, que o sobrenome Williams e as iniciais FW sigam em uso pela escuderia, como aponta o comunicado da equipe. Por ora, Claire Williams segue como chefe da escuderia, mas não há garantias de que ela vá permanecer no cargo em um prazo mais alongado. A sede também seguirá na cidade inglesa de Grove
Claire Williams, chefe de equipe [Foto: Formula1.com]
O QUE A VENDA SIGNIFICA
Em termos financeiros e esportivos, a venda da Williams significa uma lufada de ar fresco nas perspectivas do time de Fórmula 1. Afinal, a Dorilton Capital deve injetar recursos para criar novamente uma equipe competitiva, a fim de valorizar a empresa adquirida para, no futuro, encontrar interessados que façam a negociação atual gerar lucro. Por isso, pode-se esperar um investimento mais forte no desenvolvimento do carro, especialmente para a temporada 2022, quando muda o regulamento técnico.
Vale lembrar que a Williams é uma das equipes mais vencedoras da história da Fórmula 1. Presente na categoria desde 1977, ela soma nove títulos de construtores e sete de pilotos, os últimos em ambas as classes conquistados em 1997.