Para tentar manter parte de suas tradições, a Porsche vai se render à “imposição tecnológica”. A marca alemã pretende continuar com propulsores de aspiração natural, sem turbocompressores, mas precisará recorrer a sistemas eletrificados para conseguir atender às leis ambientes pelo mundo. Isso significa que, de certa forma, seus esportivos se tornarão híbridos leves – ao menos em algumas versões – em um futuro não muito distante. A informação foi revelada pelo executivo responsável pelas linhas 718 e 911, Frank-Steffen Walliser, à revista inglesa Autocar.
Em entrevista à publicação britânica, Walliser disse que a Porsche está “bastante motivada” para manter os motores de aspiração natural. Ainda que boa parte da gama tenha variações turbinadas, modelos como os atuais Cayman GT4 e Boxster Spyder (leia aqui) dispensam os “caracóis”. O mesmo deve acontecer com os iminentes 911 GT3 e GT3 RS. “Propulsores elétricos pequenos e motores aspirados naturalmente em altos giros combinariam perfeitamente”, pontua o executivo.
Apesar dos planos, não fica claro quando a Porsche vai tornar realidade a eletrificação dos esportivos. Em março, a direção da empresa rejeitou a possibilidade de o 911 se tornar um híbrido puro tão cedo, alegando que o alto peso das baterias prejudicaria seu comportamento. O mais provável, assim, é que aposte primeiramente em alguma variação da linha 718 para testar a receptividade de seus clientes e entusiastas.
Enquanto há mistério em relação ao futuro da propulsão nos esportivos, a gama de “passeio” segue caminhado para a eletrificação. Ainda em 2020, a Porsche deve lançar a perua Taycan Sport Turismo (leia aqui). A marca também reconhece que o SUV Macan, no futuro, será movido apenas por eletricidade.
[ Fonte: Autocar ]